Maior traficante de Goiás, Iterley é condenado a 16 anos por homicídio

Acusado de comandar o tráfico de drogas e ordenar assassinatos em Goiás, Iterley Martins da Costa foi condenado a 16 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado, ou seja, por motivo fútil e que a vítima não tinha possibilidade de defesa.

O julgamento ocorreu na última quarta-feira (9), no Fórum do Jardim Goiás, em Goiânia.

A vítima de homicídio, Paulo Marcos Rodrigues da Silva, conhecido como farinha, foi morta em janeiro de 2008, no bairro Vila Boa, na região sudoeste da capital. Iterley foi o mandante do crime, mesmo preso provisoriamente na época.

O conselho de sentença rejeito o posicionamento da defesa e concluiu que os motivos do crime decorrem da atividade criminosa do tráfico de drogas. Segundo o juiz presidente da sessão, Lourival Machado da Costa, foram levados em consideração os antecedentes desfavoráveis do réu e o comportamento da vítima, que seria um traficante menor e teria contraído dívida com Iterley.

Iterley já foi condenado pela Justiça a 52 anos e seis meses e prisão por homicídios e tráfico de drogas. Ele atualmente cumpre pena em um presídio federal de segurança máxima em Campo Grande (MS).

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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