Consumidor precisa de boa dose de paciência para comprar moto em Goiânia

Combustível alto, inflação, aumento do custo de vida e o meio de transporte ou trabalho de muitas pessoas passou a ser a moto. O problema é que a demanda vem sendo maior que a oferta e conseguir algum exemplar a pronta entrega é coisa rara. A procura vem sendo tão grande que elas superaram o comércio de carros no mês passado em todo o País.

A informação da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) ajuda a entender a fila de espera pelas motos em Goiânia. Por aqui, a demora pode chegar a três meses, dependendo da cor. O atraso na entrega atrapalha muito quem precisa desse tipo de veículo principalmente para trabalhar, um caminho para muitos desempregados que apostam no serviço de entregas.

“Percebemos um aumento expressivo nas vendas e na procura no início do ano, inclusive por telefone. Foi coisa de 30%. O grande problema foi o fechamento da fábrica em Manaus porque atrasou as entregas. A verdade é que temos lidado com essa situação há dois anos. Melhorou, mas ainda não voltamos à normalidade”, afirma o gerente da Moto Aires da Cidade Jardim, Ocivan Rodrigues.

O fechamento a que ele se refere foi na fábrica da Honda em Manaus. As atividades foram suspensas por pelo menos duas vezes entre janeiro do ano passado e deste ano por causa de aumento de casos de Covid, totalizando cerca de 21 dias sem a produção de motocicletas. A paralisação, somada aos aumentos de todos os insumos da cadeia produtiva, elevaram o preço. 

No caso do técnico em enfermagem Ricardo Moura, a troca do carro pela moto exigiu um pequena dose de paciência. Foram 20 dias aguardando a chegada da compra que superou a expectativa de gasto, mas ele não se arrepende. “Estão muito caras a manutenção e gasolina do carro. Moto é bem melhor em benefício e ágio também. Apesar disso, eu paguei R$ 1,2 mil a mais sobre o preço normal”, relembra.

Os modelos mais populares tiveram variações diferenciadas, mas todas para cima. De acordo com Ocivan, a Biz 125 é o carro chefe da loja. Ela custava R$ 14,6 e agora não sai por menos de R$ 16 mil. Outro opção muito pedida é a CG 160 Titan, que ficou R$ 3 mil mais cara saltando de R$ 14 mil para R$ 17 mil.

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Secretaria de Mobilidade alerta que fumar ao volante é infração de trânsito

Apesar de não ter uma especificidade no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) alerta que fumar ao volante é infração de trânsito de natureza média, prevista pelo Art. 252 com multa de R$ 130,16 e perda de quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação do Condutor (CNH).

A atitude distrai o motorista e pode provocar acidentes, já que o condutor precisa usar uma das mãos, o que pode comprometer a segurança. Outro problema que pode levar riscos aos usuários da via pública é que ao acender o cigarro o motorista desvia os olhos do trânsito para enxergar a posição correta do filtro.

Além dos exemplos citados, o cigarro também pode cair no interior do veículo, e o motorista na tentativa de apagá-lo pode causar um acidente. Outro perigo é que o condutor pode, pelo fato de estar fumando, não ter uma reação adequada diante de uma situação imprevista no trânsito.

De acordo com o CTB, o condutor pode utilizar apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do veículo ou acionar equipamentos e acessórios do veículo. Portanto, comer ou segurar qualquer objeto também se enquadra do Art. 252 do CTB.

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