Estátua de Michael Jackson é fotografada com fuzil no Rio de Janeiro

Uma foto que circulou nas redes sociais nesta segunda-feira causou polêmica. A estátua em homenagem a Michael Jackson, no Morro Dona Marta, na cidade do Rio de Janeiro, foi fotografada com um fuzil pendurado no pescoço.

Segundo a Polícia, a fotografia foi tirada “por criminosos” que pertenciam a um grupo de um traficante detido em 27 de julho. Em comunicado, as autoridades afirmaram que os suspeitos foram identificados e que estão realizando uma ação para para prendê-los, mas sem especificar a data da foto, tirada em plena luz do dia.

Pacificação

A estátua de bronze, instalada em uma laje da comunidade, foi inaugurada em 2010, um ano após a morte do cantor, que escolheu o local para filmar as cenas de seu videoclipe “They don’t care about us”, em 1996, acompanhado pelo grupo de percussão Olodum.

Fotografada por inúmeros turistas, esta estátua simbolizava a renovação dos morros, onde vive cerca de um quarto da população carioca. No momento de sua inauguração, dava-se início à política de pacificação das comunidades.

Violência

Um ano depois das Olimpíadas de 2016, o Rio se vê sacudido pelo forte aumento da violência, enquanto multiplicam os tiroteios durante as incursões policiais nas comunidades contra traficantes fortemente armados.

Desde o início do ano, 97 policiais foram assassinados e balas perdidas deixam dezenas de vítimas, incluindo crianças.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ex-marqueteiro de Milei é indiciado pela PF por tentativa de golpe

Fernando Cerimedo, um influenciador argentino e ex-estrategista do presidente argentino Javier Milei, é o único estrangeiro na lista de 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Essas indecisões foram anunciadas na quinta-feira, 21 de novembro.

Cerimedo é aliado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e teria atuado no ‘Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral’, um dos grupos identificados pelas investigações. Além dele, outras 36 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta seu terceiro indiciamento em 2024.

Em 2022, o influenciador foi uma das vozes nas redes sociais que espalhou notícias falsas informando que a votação havia sido fraudada e que, na verdade, Bolsonaro teria vencido Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Além disso, ele também foi responsável por divulgar um ‘dossiê’ com um conjunto de informações falsas sobre eleições no país. Em vídeos, ele disse que algumas urnas fabricadas antes de 2020 teriam dois programas rodando juntos, indicando que elas poderiam ter falhas durante a contagem de votos.

Investigações

As investigações, que duraram quase dois anos, envolveram quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de colaboração premiada, buscas e apreensões. A PF identificou vários núcleos dentro do grupo golpista, como o ‘Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado’, ‘Núcleo Jurídico’, ‘Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas’, ‘Núcleo de Inteligência Paralela’ e ‘Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas’.

Os indiciados responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A lista inclui 25 militares, entre eles os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, todos ex-ministros de Jair Bolsonaro. O salário desses militares, que variam de R$ 10.027,26 a R$ 37.988,22, custa à União R$ 675 mil por mês, totalizando R$ 8,78 milhões por ano.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos