Duas pessoas são indiciadas por morte da idosa no Hugo

Duas pessoas foram indiciadas pela morte da idosa Neuza Candida, de 75 anos, dentro do Hospital de Urgências Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), em Goiânia. O caso ocorreu na tarde do dia 7 de abril. Os suspeitos são o morador em situação de rua, Ronaldo do Nascimento, e o vigilante que prestava serviço na unidade.

A Polícia Civil (PC) por meio da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) concluiu que Ronaldo não conhecia a vítima e não possuía a intenção de matá-la. No entanto, ele assumiu o risco quando a manipulou em seu leito sem autorização e conhecimento técnico. Tendo em vista o estado de saúde da idosa. Por este motivo, Ronaldo foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado, por ter dificultado a defesa da vítima.

Entretanto, a PC sugeriu ao Poder Judiciário a realização do exame de incidentes de insanidade mental no autor. Uma vez que há indícios de que ele seja portador de alguma doença psiquiátrica.

Já o vigilante, que é vinculado a uma empresa que presta serviço de segurança de forma terceirizada ao HUGO, foi indiciado por homicídio culposo. De acordo com a PC, ele deixou de observar protocolos de segurança básicos e autorizou a entrada de Ronaldo, em área restrita do hospital. Fato que possibilitou o crime.

Na última segunda-feira (11), o delegado responsável pelo caso, Rhaniel Almeida, disse que o médico-legista afirmou que não havia indícios de que a idosa teria morrido por asfixia ou por lesão externa. No entanto, o resultado do laudo pericial ainda não foi divulgado.

Relembre o caso:

Neuza foi internada no Hugo após sofrer uma queda, enquanto estava sozinha em sua residência na capital. Na ocasião, ela foi submetida a cirurgias. Com o agravamento de seu estado de saúde, ela superou a UTI e um coma. Se recuperando bem, a idosa foi transferida para a enfermaria da unidade, mas respirava via traqueostomia.

Na tarde do último dia 7, um homem em situação de rua adentrou a unidade de saúde para tomar banho. De acordo com a Polícia Civil (PC), ao passar pelo do quarto, onde a vítima estava internada, ele alegou tê-la ouvido pedir por ajuda. Em seguida, entrou no quarto da idosa.

Em depoimento, ele disse que ao limpar a traqueostomia, orifício pelo qual a mulher respirava, ela mexeu a boca recusando. Portanto, resolveu higienizar a boca dela, mas fez a limpeza com o buraco da traqueostomia tampada com o dedo da outra mão. Com isso, a vítima parou de se mexer e respirar, vindo a óbito.

Já as testemunhas disseram que o suspeito teria entrado na enfermaria e sem motivo aparente cometeu o crime. Ele foi preso em flagrante por homicídio qualificado com motivo fútil.

Ela foi sepultada no sábado (9), no  Cemitério São Miguel, em Anápolis.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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