Coronel da PM assume ter matado engenheiro em Aparecida de Goiânia, mas responde em liberdade

Um coronel da Polícia Militar confessou ter matado o engenheiro Erceli Miguel Pinto, de 49 anos, em Aparecida de Goiânia. O caso ocorreu na manhã de sábado (16). De acordo com a Polícia Civil (PC), a princípio, a esposa da vítima disse que ele devia R$10 mil para um agiota e estava sendo ameaçado. Entretanto, à noite o militar Clóvis de Sousa Silva procurou a corregedoria militar e assumiu a autoria do crime.

Para os agentes, ele disse que decidiu se apresentar após saber da morte do engenheiro. Porém, como já havia passado o tempo de realizar a prisão em flagrante, o militar não foi detido.

O engenheiro estava na porta da residência dele no bairro Vila Brasília, quando foi atingido por tiro no lado esquerdo do pescoço. Ele morreu na hora. De acordo com o Boletim de ocorrências, o suspeito e a vítima teriam discutido minutos antes do crime.

Apesar dos rumores de agiotagem, o coronel afirmou para a polícia que não é agiota. Mas disse que tinha uma desavença com Erceli. Ele também contou que matou o engenheiro após uma discussão em um comércio.

O caso segue investigado pelo Grupo de Investigação de Homicídios da PC. O militar deve ser ouvido ainda nesta semana.

Nas redes sociais, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO),lamentou a morte do engenheiro.

Comunicado da morte do engenheiro Erceli Miguel Pinto, feito pelo Crea-Goiás (Foto: print Instagram)

“O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO), por meio de seu presidente, Eng. Civ., Agric. e Seg. Trab. Lamartine Moreira, manifesta o seu mais profundo pesar pelo falecimento do Engenheiro Civil, Erceli Miguel Pinto, ex-inspetor da Casa da Engenharia do Crea-GO em Aparecida de Goiânia.

Neste momento de dor, externamos o mais profundo sentimento e orações para familiares e amigos.”

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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