Procon Goiânia notifica empresa responsável pela venda de ingressos para show do Guns N’ Roses, em Goiânia

O Procon Goiânia notificou a empresa de eventos responsável pela venda de ingressos para o show da banda Guns N’ Roses, que ocorrerá na capital no dia 11 de setembro.

A equipe de fiscalização do órgão esteve, na tarde desta quarta-feira (20), na bilheteria do estádio Serra Dourada, após denúncia de que a venda dos ingressos pela internet se esgotaram rapidamente. Por isso, e centenas de consumidores fizeram filas no estádio para comprá-lo.

No local, a fiscalização encontrou irregularidades no atendimento ao público, como falta de fila preferencial. Os consumidores reclamaram que na bilheteria só conseguiam parcelar o ingresso em três vezes e, no site, a compra podia ser parcelada em 10 vezes.

Na notificação, a empresa deverá comprovar qual a carga de ingressos disponíveis tanto na pré-venda, quanto na venda em geral. Além disso, também deverá explicar os detalhes de todas as modalidades de entradas e setores, além de explanar quais foram os mecanismos adotados para evitar a comercialização das entradas a cambistas ou empresas terceirizadas.

A empresa também deve informar sobre a forma de processamento e pagamento dos bilhetes vendidos pelo site e na bilheteria do Serra Dourada, além de apresentar cópia integral de cada unidade, tal como comercializada ao público consumidor.

O Procon Goiânia requer, ainda, comprovação do funcionamento dos canais de atendimento aos consumidores. As explicações deverão ser prestadas em até 20 dias.

De acordo com a empresa, até o momento foram vendidos 30 mil ingressos, e o show tem capacidade para receber 39 mil pessoas.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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