Disparo acidental da arma de Milton Ribeiro deixa funcionária da Gol ferida, em Brasília

Disparo acidental da arma de fogo do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, deixou uma funcionária da companhia aérea Gol ferida. O caso ocorreu na tarde desta segunda-feira (25), no Aeroporto de Brasília.

Para a TV Globo, a Gol informou que a mulher foi atingida por estilhaços e atendida no local. Não houve necessidade de “ir ao hospital ou levar pontos”. De acordo com a empresa, “foi mais o susto do caso mesmo”.

Ribeiro estava no balcão da companhia aérea Latam, por volta das 17h. Ele iria embarcar em um voo para a cidade de São Paulo às 19h50. Após o ocorrido, o ex-ministro foi levado à Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal, onde prestou esclarecimento sobre o episódio.

Em depoimento, ele afirmou que o disparo ocorreu quando tentava tirar suas munições sem expor a arma publicamente. Ribeiro abriu uma pasta de documentos para pegar o revólver e separá-lo do carregador. De acordo com ele, o disparo perfurou o coldre onde estava a arma, a pasta e se espalhou no chão do aeroporto.

Milton Ribeiro

No dia 28 de março, o então ministro da Educação, Milton Ribeiro, entregou um pedido de exoneração ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Especulações apontam o suposto favorecimento a pastores como um dos motivos.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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