Família de adolescente espancado no DF faz vaquinha para ajudar em tratamento

A família de Thiago, adolescente de 14 anos agredido em uma quadra esportiva no Distrito Federal, fez uma campanha nas redes sociais para arrecadar doações. A vaquinha é para auxiliar no tratamento do garoto, diagnosticado com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Thiago foi agredido por Vitor de Sales, 27 anos, que se disse irritado porque o adolescente assobiava para a mãe abrir o portão da casa. O suspeito é vizinho do garoto. O caso aconteceu na tarde do último sábado (23), na quadra esportiva da 3ª avenida da Vila Divinéia, no Núcleo Bandeirante, no DF.

A vaquinha tem a meta de arrecadar R$ 20 mil e está disponível na internet. No site, um texto afirma que o dinheiro ajudará inclusive a comprovar que Thiago sofre de TDAH.

“A vítima sofre de TDAH, conforme será comprovado por exames e laudos médicos, e incomodou o agressor, segundo relatos, por assoviar (sic). (…) O fato é que para a defesa adequada será necessária a realização de exames comprobatórios do estado de saúde de Thiago após a agressão de Vitor, senão a justiça se limitará a condená-lo em agressão leve, incompatível com a realidade”, explica a nota da família.

O texto explica que a ideia da vaquinha foi da advogada que defende Thiago na Justiça, Andrea Quadros. No site, a família explica ainda que o dinheiro ajudará na compra de medicamentos, aquisição de mantimentos e no tratamento. O texto fala ainda da necessidade de a família se mudar de onde vivem atualmente, no DF, pelo medo de novas agressões.

Vídeo registrou agressão:

 

 

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MP do TCU pede suspensão de salários de Bolsonaro e outros militares

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu na última sexta-feira, 22, a suspensão do pagamento dos salários de 25 militares ativos e da reserva do Exército que foram indiciados pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de Estado.
 
Entre os militares citados, estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, um capitão reformado que recebe um salário bruto de R$ 12,3 mil, o general da reserva Augusto Heleno, com um salário de R$ 36,5 mil brutos, o tenente-coronel Mauro Cid, que ganha R$ 27 mil, e o general da reserva Braga Netto, com um salário de R$ 35,2 mil.
 
Lucas Furtado argumentou que o custo dos salários desses militares é de R$ 8,8 milhões por ano. “A se permitir essa situação – a continuidade do pagamento da remuneração a esses indivíduos – o Estado está despendendo recursos públicos com a remuneração de agentes que tramaram a destruição desse próprio Estado para instaurar uma ditadura”, afirmou o subprocurador.
 
Além da suspensão dos salários, Furtado também pediu o bloqueio de bens no montante de R$ 56 milhões de todos os 37 indiciados pela PF. Essa medida visa cobrir os prejuízos causados pelos atos de destruição do patrimônio público em 8 de janeiro de 2023, que totalizam R$ 56 milhões, conforme estimado pela Advocacia-Geral da União (AGU).
 
“Por haver esse evidente desdobramento causal entre a trama golpista engendrada pelos 37 indiciados e os prejuízos aos cofres públicos decorrentes dos atos de destruição do patrimônio público em 8 de janeiro de 2023, considero que a medida cautelar também deve abranger a indisponibilidade de bens”, completou Furtado.
 
O pedido inclui ainda a extensão da medida de suspensão de qualquer pagamento remuneratório aos outros indiciados que recebam verba dos cofres públicos federais, incluindo do Fundo Partidário. O processo para avaliar a suspensão dos salários ainda não foi aberto pelo TCU.

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