As Festas Juninas voltam a acontecer, presencialmente, em 2022. A festividade da Paróquia de Santo Antônio, uma das mais tradicionais de Goiânia, já tem data e contará com quatro dias a mais de atividades em 2022. Quadrilhas Juninas profissionais também se organizam e chegam a ensaiar até 12 horas seguidas preparando apresentações. A pandemia, no entanto, continua impactando a festa, desde a programação até os preços de tecidos.
A festa da Paróquia Santo Antônio acontecerá durante quatro semanas. As festividades com comida típica, bingo e música acontecerão nos dias 26,27,28 e 29 de maio; 2,3,4,5, 9,10,11, 12 e 13 de junho, encerrando no dia do padroeiro da paróquia. A festa tem mais de 20 anos de história e reúne até 1,5 mil pessoas por dia, segundo a organização. Paralelamente, a igreja tem programação específica nesta época do ano, para celebrar o padroeiro. De 1 a 1 de junho, haverá missas às 19h, na chamada trezena.
“A expectativa é muito grande porque a gente percebe que o pessoal está ansioso para voltar à vida normal. A gente acredita que vai ter um bom número de pessoas nos prestigiando na festa”, afirma o coordenador do Conselho Administrativo Econômico da paróquia Santo Antônio, Gilmar Carneiro.
Apesar da expectativa, a festa deve ter algumas mudanças, uma vez que a pandemia não foi totalmente superada, segundo Carneiro. “Pensando na movimentação dentro do salão, talvez não teremos quadrilha tradicional, vamos fazer com a própria comunidade. Também devemos ter apenas som mecânico, sem música ao vivo”, comenta. O dinheiro arrecadado na festa é revertido à Igreja e a meta principal, neste ano, é a instalação de placas de energia solar.
Quadrilhas juninas
A Federação das Quadrilhas Juninas do Estado de Goiás (Fequaju) reúne 18 grupos. As equipes profissionais participam de competição anual que faz parte do circuito junino. A segunda etapa acontece, tradicionalmente, durante o Grande Arraial de Goiânia, promovido pela prefeitura. O evento está previsto no Calendário de Eventos 2022, da Secretaria Municipal de Cultura, ainda sem data exata.
O vice-presidente da Fequaju e integrante da quadrilha junina Aconchego, Wagner Segati, conta que a pandemia fez com que algumas pessoas desistissem de participar do grupo.
“Estamos com 17 casais, infelizmente. Antes da pandemia tínhamos 34. O pessoal tinha aquele compromisso de todo final de semana se reunir na quadrilha, mas com a pandemia a prioridade acabou se tornando outra porque não tínhamos mais os encontros toda semana”, conta o integrante da quadrilha junina de Senador Canedo.
A quadrilha junina Arrastapé, dançava com 36 casais em 2019. Agora, são 30. A turma já tem agendamentos para apresentações, assim como a Aconchego. “Começamos a ensaiar em janeiro, seguindo todos os protocolos de segurança. Ensaiamos duas vezes por semana. Já teve dia de fazermos um intensivo em que ficamos de 9h às 21h”, comenta Aline Leda, integrante da Arrastapé.
Em 2022, a Arrastapé traz para a festa o tema “Por amor”. Já a Aconchego se apresenta com a temática “Eu quero me casar, mas Santo Antônio só quer descansar”. Apesar da grande expectativa, os grupos enfrentam desafio de manter a beleza das apresentações por conta da alta de preços que chegou aos tecidos das roupas usadas na dança que, segundo eles, chega a custar três vezes mais do que era em 2019. “Vamos ter algumas alterações para adaptar”, afirma Aline. “A expectativa está a mil, mas também estamos preocupados se vai ter gente para nos assistir, se vão ter eventos para participarmos”, comenta Wagner.
