Eclipse total do sol se torna um negócio lucrativo nos Estados Unidos

O eclipse total do sol que acontece hoje (21) é um episódio raro: a última vez que a Terra teve um eclipse solar com as mesmas características foi há 99 anos. O fenômeno vai poder ser observado em sua totalidade do fenômeno, numa faixa de terra de cerca de 270 quilômetros de largura, que cruzará os Estados Unidos. Serão 2 minutos e 40 segundo de completa escuridão para quem estiver entre as cidades de Charleston, na Carolina do Sul (costa leste) e Salem, no Oregon (costa oeste).

O fenômeno vai ser visto em todo o território norte-americano de maneira parcial, no Canadá, Estados Unidos e México, bem como em vários países da África e da Europa poderão acompanhar o eclipse. No Brasil, moradores das regiões Norte e Nordeste poderão avistar o fenômeno entre 12h46 e 18h04, horário de Brasília. No extremo norte, a previsão é que a escuridão chegue a 50%.

Negócio lucrativo

Nos EUA, o eclipse de hoje tornou-se um grande evento, com venda esgotada de óculos especiais para o fenômeno e grande fluxo de turistas para as cidades mais expostas, como as já citadas Charleston, na Carolina do Sul, e Salem, no Oregon.

Em muitos lugares dos Estados Unidos o Eclipse virou um negócio lucrativo. Camisetas com a frase: “Onde você vai estar no dia 21 de agosto na hora do eclipse?”, foram vendidas em várias regiões. A cidade de Charleston, que desde ontem começou a receber turistas, espera receber hoje um milhão de visitantes.

Os óculos especiais com filtro apropriado para apreciar o fenômeno estavam esgotados em várias cidades. A associação de pais da Alpharetta High School, uma escola de ensino médio de Alpharetta (região norte de Atlanta), arrecadou um dinheiro extra, depois de vender, hoje (21), diversos óculos próprios para o eclipse para pais e alunos.

A Agência Brasil foi até a escola e conversou com gente que estava em uma fila comprando o item, como Melanie Grandy, 42 anos, disse que não conseguiu achar os óculos durante todo o fim de semana. “Procurei muito e estava tudo esgotado. Sorte minha que meu filho estuda aqui”, falou.

Além de quatro óculos para a família, Melanie levou mais cinco para amigos que pediram que ela comprasse. O limite para cada aluno era de 20 pares. Cada par foi vendido à U$ 5. As autoridades americanas recomendaram não usar radiografias para observar o fenômeno, pois segundo elas não é um filtro apropriado para proteger os olhos.

Fonte: Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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