Polícia confirma nome de motorista da van de atentado em Barcelona

A polícia catalã confirmou hoje (21) que o motorista da van utilizada no atentado de quinta-feira (17) em Barcelona é Younes Abouyaaqoub, que está foragido. Ele também é apontado como responsável pela morte de uma pessoa que teve o corpo encontrado em um carro que furou um controle policial pouco após o ataque. As informações são da EFE.

As autoridades divulgaram a fotografia do foragido e pediram a colaboração dos cidadãos a fim de localizar o autor do ataque terrorista que deixou 13 mortos e mais de 100 feridos, informou hoje o Governo regional da Catalunha, em coletiva de imprensa.

A Polícia catalã (Mossos d’Esquadra) não descarta que o terrorista tenha cruzado “alguma fronteira” em direção a outros países, ainda que, por enquanto, não exista “nenhuma evidência” sobre isto.
Reconstrução

Graças a imagens de câmeras de segurança e declarações de testemunhas, os agentes conseguiram reconstruir os passos de Abouyaaquob nos instantes posteriores ao atropelamento em massa em Barcelona.

Além do atropelamento em massa em La Rambla, Abouyaaquob também é tido como responsável pela morte do jovem que foi achado esfaqueado no interior de um veículo em Barcelona pouco após o atentado, e que seria a 14a vítima do ataque, além da mulher que morreu no atentado de Cambrils (Tarrragona) horas depois, o que eleva a 15 o número de mortos, segundo Joaquim Forn, o responsável de Interior do governo catalão.

Por outro lado, a polícia conta com “indícios bastante relevantes e sólidos” de que o ímã (guia espiritual muçulmano) Abdelbaki Satty, da localidade de Ripoll, e suposto cérebro dos atentados da Catalunha, é um das pessoas que morreu na quarta-feira (16) na explosão acidental em uma casa na qual os terroristas preparavam o ataque, segundo Trapeiro.

As autoridades estão à espera da análise de DNA dos restos humanos achados no imóvel localizado em Alcanar (Tarragona) para confirmar o dado de forma definitiva. Além disso, segundo a polícia, as informações com as quais contam os investigadores apontam que o ímã Satty teve um papel fundamental na hora de radicalizar os 11 outros membros da célula, todos eles muito mais jovens que ele.

Este clérigo esteve preso entre 2010 e 2014 em Castellón, província vizinha a Tarragona, por uma condenação por tráfico de drogas, segundo o responsável de Justiça do Governo catalão, Carles Mundó, ainda que a polícia desta região insista que não tenha “nenhum conhecimento” do envolvimento desse ímã com o terrorismo internacional.

Fonte: Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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