Funcionários públicos de Goiânia são indiciados por cobrar propina semanal de feirantes

Dois supervisores de Feiras Livres e Especiais de Goiânia foram indiciados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por cobrar uma espécie de aluguel de pontos/barracas de feirantes da “Feira da OVG”. Os servidores públicos chegavam a cobrar R$ 150 por dia de cada feirante, sendo que a comercialização de produtos no local é gratuita, desde que seja autorizada.

A prática, inclusive, foi denunciada pelos próprios trabalhadores. A polícia acredita que mais pessoas possam ter participado do esquema que durou entre 2017 e 2019.

“Os próprios feirantes denunciaram que estavam sendo extorquidos pelos supervisores, que são os responsáveis por verificar inatividades nestas feiras. Eles observam se o feirante não está comparecendo, se confirmado algumas faltas desse feirante, a sua licença e caçada e entregue a outra pessoa na fila de espera”, explicou o delegado Caio Meneses, responsável pela investigação.

O delegado diz ainda que os criminosos usavam um nome falso para cobrar os valores, além além da conta de terceiros para não levantar suspeitas. Para o investigador, a prática é comum entre os servidores públicos.

“A gente vê que esse crime é reiterado, uma prática comum e muito utilizada. Não descartamos que possam haver outros envolvidos, inclusive, estamos investigando isso. Depois desse indiciamento, podem surgir novas depois e consequente a prisão de outros servidores. O inquérito foi remetido ao Poder Judiciário e aguarda a análise do Ministério Público”, concluiu.

Em nota, a Prefeitura de Goiânia afirma que apoia e aguarda a conclusão do processo legal pelas autoridades competentes. A secretaria encontra-se à inteira disposição das autoridades para colaborar com as investigações e prestar quaisquer esclarecimentos sobre as supervisões de feiras.

Além de que a Sedec não compactua com nenhum tipo de prática ilegal, e os fatos apontados na apuração serão alvo de procedimento interno de investigação, executado pela administração municipal, com vistas à adoção das eventuais penalidades cabíveis contra os responsáveis por quaisquer ilícitos.

 

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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