Médico do Araújo Jorge é indiciado por ‘prestar serviço’ para familiares de mortos

Um médico, que não teve a identidade revelada, responderá judicialmente por cobrar dinheiro de familiares de pacientes falecidos do hospital Araújo Jorge. Ele exigia o pagamento de R$200 a R$400 para preencher formulários de seguro de vida, apesar de a prática ser vedada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

O caso chegou até a Polícia Civil no ano passado quando o filho de uma mulher em tratamento contra o câncer morreu e surgir a cobrança. Segundo o delegado Cleybio Januário, o homem decidiu fazer a denúncia por ter ficado indignado com a situação. Ele teria, inclusive, questionado uma funcionária da unidade.

“Ele afirmou que a secretária teria dito se tratar de algo normal. O valor de R$200 que pediram a ele ainda seria barato e outros cobravam até mais. Ele chegou a pagar, mas procurou o Conselho Regional de Medicina em Goiás e também a ouvidoria do Araújo. O denunciante afirmou que até hoje não teve uma manifestação sobre a reclamação por parte da unidade de saúde”, detalha o delegado.

Em depoimento, o médico disse que não sabia que o preenchimento de formulários de apólices de seguro de vida era um crime. Foi ele mesmo quem informou à Polícia os valores cobrados e alegou que, se não atendesse ao pedido dos familiares, eles não poderiam resgatariam o valor. Legalmente, o procedimento correto seria apenas a cessão do prontuário médico.

O profissional foi indiciado por corrupção passiva por ter vínculo de trabalho com hospital, que é credenciado ao SUS. O crime ocorre quando um funcionário público solicita ou recebe vantagem ou promessa de vantagem em troca de algum tipo de favor ou beneficio ao particular. 

 

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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