Novos casos de Covid em Goiás devem ser de variante mais transmissível

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Apesar de Goiás estar em um cenário epidemiológico favorável, uma nova subvariante do coronavírus ameaça a saúde pública. A BA2 deve começar a apresentar prevalência no estado. A cepa, que é 30% mais transmissível do que a Ômicron, tende a aumentar a demanda de pacientes nos hospitais.

O infectologista Marcelo Daher acredita que a tendência está relacionada ao fato de que a variante tem escape do sistema de defesa e infecta tanto quem já teve a doença quanto os já vacinados. Além disso, ele chama atenção para a quantidade elevada de novas cepas identificada por pesquisadores em todo o mundo.

“A BA2 não causa doença mais grave, mas a procura por unidades de saúde deve ser alta devido à maior possibilidade de infecção, que vai ocasionar mais pessoas doentes. Surgiu uma nova nos Estados Unidos, a BA2.1, responsável pela maioria dos casos lá, assim como a B4 e B5. Todas têm similaridades, como mutação na proteína spike e capacidade de evasão do sistema imune”, explica o médico.

A possibilidade de uma onda parecida com a do início ou meados da pandemia é baixa, assim como o retorno da exigência de uso de máscaras. No entanto, a flexibilização de medidas sanitárias, a exemplo da autorização para aglomerações, pode impactar em mais registros da doença mesmo com grande parte dos goianos vacinada.  

“O questionamento meu e de cientistas mundo afora com o crescimento de novas ondas de covid-19 e das subvariantes é: será que as vacinas atuais são suficientes para frear a doença? Será que não deveríamos pensar em novas vacinas, em novas tecnologias ou mesmo atualização das atuais”, frisa Daher.

Para ele, o mais recomendado é a atualização do esquema vacinal da população com doses de reforço e também a oferta de medicamentos eficazes disponibilizados pelo poder  público. O problema apontado pelo especialista é que essas drogas são caras e restritas no mercado nacional.

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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