Preço do diesel pode levar à redução das frotas de ônibus

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A ATU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos) divulgou uma nota alertando para a possível falta de transporte público nas grandes cidades caso o diesel volte à subir novamente. O anúncio do aumento do combustível pode ser anunciado pela Petrobras nos próximos dias. Segundo a nota, só em 2022 o combustível teve um aumento de 35%.

“Se não forem definidas fontes para cobrir esses custos adicionais, as operadoras serão obrigadas a racionar o combustível e oferecer apenas viagens nos horários de pico, pela manhã e à tarde”, afirmou o presidente da NTU, Francisco Christovam.

A nota ainda afirma que, durante o resto do tempo, os ônibus terão que ficar parados nas garagens. As empresas terão que atender apenas linhas de maiores demandas, e em horários de picos. Ao todo, são 43 milhões de passageiros que dependem desse serviço todos os dias.

“A esmagadora maioria das nossas associadas está sem caixa para fazer frente a mais um reajuste; não há como comprar o diesel para rodar, colocar um ônibus na rua com tanque vazio seria uma irresponsabilidade”, afirma Christovam.

Aumento do diesel

O diesel é o segundo item de custo que mais pesa na tarifa de ônibus urbanos, depois da mão de obras, tendo uma participação média de 30,2% no custo geral das operadoras do transporte público.

Com o aumento, o público desse tipo de serviço pode sofrer impacto no bolso, já que, o diesel impacta no aumento de tarifas ou subsídios por parte das prefeituras, que contratam os serviços de transporte público.

Segundo cálculo da Abicom (Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis), o reajuste teria que ser de 24% no diesel e 12% no preço da gasolina, para manter a paridade de preços da Petrobras (variação cambial e pelo aumento internacional do petróleo).

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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