O que já se sabe sobre racha que matou a adolescente de 15 anos em Goiânia

Os dois motoristas envolvidos no racha que resultou na morte de Marcella, de 15 anos de idade, fugiram. O homem de 22 anos que conduzia a Hilux – e levava a adolescente no banco de trás – saiu do hospital antes de ter o atendimento concluído, no Centro de Referência em Ortopedia e Fisioterapia (Crof), em Goiânia.

Já o motorista da BMW de cor branca, segundo a Polícia Civil, mora em um condomínio no Residencial Granville. A equipe da Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito (Dict) foi até o local, mas não havia ninguém. O veículo também não estava no local.

“A caminhonete estava em uma pista e passou para a contrária. Testemunhas relataram que o carro já saiu da boate cantando pneu. O que sabemos é que, de fato, houve o racha e que os dois motoristas estavam embriagados porque todos os envolvidos ingeriram bebida alcoólica, inclusive a adolescente que foi vítima fatal”, explica a delegada Adriana Fernandes de Carvalho, titular da Dict.

Segundo Carvalho, ainda não se sabe se a BMW, cujo motorista fugiu, também colidiu diretamente com a caminhonete. “O que sabemos é que ela estourou os pneus porque há restos no trajeto do acidente. Não se sabe se ela colidiu com algo ou se teve participação direta na colisão com a caminhonete”, afirma.

De acordo com a Dict, as vítimas dos dois carros passaram a madrugada ingerindo bebida alcoólica em uma boate de Goiânia. Inclusive a adolescente que faleceu. Segundo os policiais, ela teria conseguido entrar no estabelecimento, mesmo sendo menor de idade, porque conhecia os proprietários.

Após saírem da casa noturna, os dois motoristas dirigiam em alta velocidade na avenida T-9, sentido Terminal Bandeiras, setor Jardim América. Próximo ao cruzamento com a avenida C-231, o motorista da caminhonete perdeu o controle, invadiu o canteiro central, capotou e atingiu dois comércios.

Além de Marcella, que faleceu, outras três jovens estavam na caminhonete. As vítimas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros e encaminhadas ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), ao Crof e ao Hospital Jardim América. Na BMW, a polícia suspeita que havia dois ou três passageiros. Inquérito policial foi instaurado para que o caso continue sendo investigado.

A reportagem do Diário do Estado entrou em contato com a boate Conceito Royal, para questionar se a adolescente que faleceu de fato estava no local. Por mensagem, o estabelecimento respondeu que ainda não tem informações sobre o fato e que não é permitida a entrada de menores de idade no estabelecimento.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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