Xô, crise! Planejar festa de casamento em Goiânia pode levar mais de ano

A retomada de eventos na capital vem enfrentando problemas: a demanda reprimida, preços elevados e falta de insumos. A proibição e medo dos noivos em realizar a festa para celebrar o casamento agora deu lugar ao entusiasmo e vontade de deixar cada detalhe com a exuberância merecida. Para lidar com essas dificuldades, o planejamento deve ser de até um ano e meio de antecedência, no mínimo. 

O País deve realizar meio milhão de casamentos a mais neste ano em relação ao anterior com 1,6 milhão de matrimônios, conforme a Associação Brasileira de Eventos (Abrafesta).  As flores e o buffet são os aspectos que mais encareceram desde o novo normal e os reflexos na conta da festa de casamento são inevitáveis. Muitos fornecedores embutiram uma margem até maior nos preços prevendo altas até o próximo ano. Embora alguns itens estejam em menor quantidade no mercado, não existe risco de desabastecimento, segundo a cerimonialista Gabriela Baleeiro.

Baleeiro destaca que o tipo de evento sonhado pelos noivos é semelhante ao de antes da pandemia, assim como a procura de clientes por orçamento. No entanto, a demanda pelo serviço somada à necessidade de encaixar os casais que ficaram mais de um ano à espera da liberação de aglomerações para realizarem o evento tem obrigado os profissionais a fazerem malabarismo na programação. Isso porque os finais de semana e os meses de maio a julho, tradicionalmente sem chuvas na capital, são os mais procurados. 

“Na pandemia, eu cheguei a fazer casamento para apenas 16 pessoas. Agora, na minha agenda de contratos assinados até 2023 a previsão de convidados varia entre 150 e 250 pessoas. Eu mesma achei que a tendência seria de festas menores até por causa do custo. Um casamento mais básico, mais simples com decoração, buffet, fotografia, filmagem, papelaria, doces e outros elementos sai por R$200 mil. Antes, o valor era de R$120 mil”, explica a profissional com seis anos de experiência na área.

Gabriela chama atenção para a alta assustadora da decoração que quase dobrou de preço, segundo ela. A especialista afirma que a média era R$27 mil e atualmente chega à marca dos R$50 mil. Parte da explicação é que muitas floriculturas fecharam as portas por não terem sobrevivido à crise decorrente da pandemia e outros diminuíram a área plantada, o que reduziu a oferta no mercado em nível nacional. O resultado é uma variação de até 400%.

A enfermeira Thamara Cunha vai se casar em 19 de junho. Além das expectativas para uma nova fase da vida, desde o noivado, em outubro do ano passado, ela tem lidado com o nervosismo de tentar conciliar os desejos com a realidade. Ao todo, a lista de convidados terá 170 pessoas. O orçamento foi proporcional à grandiosidade do evento, que teve auxílio de um cerimonialista, mas, ainda assim, teve preços bem salgados. 

“Eu me assustei, principalmente com valor do buffet. Fiz vários orçamentos, pedia descontos para poder organizar tudo de uma forma simples, mas com qualidade. Cheguei a encontrar um buffet que cobrava R$ 210 por pessoa, ou seja, apenas o buffet seria R$ 35,7 mil. Depois, eu conheci outro com um pacote com decoração, buffet, locação do espaço e até a pista de dança com dj por R$35 mil”, detalha.

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Black Friday 2024: Dicas e precauções para compras seguras e econômicas

A Black Friday, um dos maiores eventos do calendário varejista, ocorrerá no dia 29 de novembro de 2024, mas as promoções já começaram a ser realizadas ao longo do mês. Em Goiânia, um levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) indica que este período deve movimentar R$ 250 milhões, com 64% dos entrevistados planejando aproveitar as ofertas.
 
Para evitar a prática conhecida como metade do dobro, quando comerciantes elevam consideravelmente os preços dos produtos antes da data e depois reduzem os valores, ludibriando a população, o Procon Goiás realiza um trabalho prévio de monitoramento de preços. A Lei Estadual 19.607/2017 também obriga os fornecedores a informar o histórico dos preços dos últimos 12 meses. De acordo com o superintendente do órgão, Marco Palmerston, “para evitar as falsas promoções, é preciso se programar com antecedência e pesquisar os preços”.
 
Uma dica valiosa é fazer uma lista do que realmente se pretende comprar e estipular um orçamento. Entrar em uma loja ou site durante a Black Friday é um apelo ao consumo, por isso é crucial ter cuidado. Além disso, é permitido que estabelecimentos pratiquem preços diferentes entre lojas físicas e online, justificada pelos custos operacionais distintos, como aluguel e salários, que impactam os preços nas lojas convencionais. No entanto, a transparência é essencial, e as informações sobre preços devem ser claras e acessíveis ao consumidor.
 
Durante a Black Friday, o volume de compras feitas pela internet aumenta significativamente. Por isso, é importante ter atenção redobrada. Sempre verifique a autenticidade da loja antes de inserir dados pessoais ou financeiros. Um dos primeiros passos é conferir se o site possui o ícone de cadeado ao lado da URL e o prefixo https, que garantem uma conexão segura. Outra orientação é checar a reputação da loja em sites como o Reclame Aqui ou em grupos de consumidores em redes sociais, onde os clientes costumam compartilhar experiências de compra.
 
Ao optar pelo PIX, confira os dados do destinatário e se a negociação envolve um CNPJ. O Código de Defesa do Consumidor garante ao comprador o direito de devolução por arrependimento em até 7 dias para compras online. No caso de produtos com defeito, estabelece prazos para reclamações: 30 dias para produtos ou serviços não duráveis e 90 dias para os duráveis, contados a partir da entrega ou conclusão do serviço. Além disso, evite clicar em anúncios enviados por e-mail ou mensagens de redes sociais que pareçam suspeitos, e sempre acesse os sites digitando o endereço diretamente no navegador, ao invés de seguir links desconhecidos.

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