Diretora vai à delegacia após ser acusada de usar ‘força física’ em aluno para separar briga, em Goiânia

Mais um suposto caso de agressão em escolas aconteceu na manhã desta segunda-feira (9), em Goiânia. Desta vez, a diretora da Escola Municipal Leonisia Naves de Almeida, localizada no setor Morada do Sol, foi conduzida à delegacia pela Guarda Civil Metropolitana de Goiânia (GCM) por supostamente ter enforcado um aluno, de 11 anos, enquanto tentava separar uma briga no pátio da unidade de ensino.

Segundo o Comandante Operacional da GCM, Vilmar Rodrigues, a GCM foi acionada pela mãe do aluno agredido por volta das 10h30 da manhã, alegando que o filho teria sido agredido pela líder escolar.

“Os alunos estavam brigando e a diretora precisou usar a força física para conter essa briga. O Conselho Tutelar também foi acionado e a diretora, juntamente com a criança e a mãe foram levadas para à Central de Fragrantes. Agora, a diretora pode responder por vias de fato. Uma audiência foi marcada para que ela explique seus atos, já a criança também deve ser ouvida para dar sua versão do fato”, explicou.

Educação nega agressão

Ao ser procurada, a Secretaria Municipal de Educação de Goiânia (SME), informou que a diretora não praticou qualquer tipo de agressão contra o estudante e que ela se dispôs ir à delegacia esclarecer os fatos e realizar um exame de corpo de delito, a fim de confirmar que não agrediu a criança. A diretora, inclusive, diz que as acusações da mãe do aluno não passam de uma perseguição devido há problemas que teve com a mulher no passado.

Nota SME

Sobre o episódio da Escola Municipal Leonidia Naves de Almeida, a Secretaria Municipal de Educação (SME) informa o que se segue:

– A SME registrou, na manhã desta segunda-feira (9/5), um caso de indisciplina entre estudantes matriculados na unidade de ensino.

– Na ocasião, a diretora da unidade educacional interveio para cessar o princípio de confusão.

– Diante disso e das alegações da responsável por um dos estudantes envolvidos no episódio, a diretora se dispôs ir à delegacia esclarecer os fatos e realizar um exame de corpo de delito para confirmar que não houve qualquer tipo de agressividade por parte da profissional.

– A SME esclarece que enviou apoios técnicos e pedagógicos para dar suporte aos estudantes e profissionais da unidade e apurar o ocorrido.

Secretaria Municipal de Educação (SME)

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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