Cada vez mais raras, lojas de R$ 1,99 já não vendem produtos por esse preço

“Esse nome R$ 1,99 falam só por falar” e “é só para atrair o cliente”, afirmam os próprios funcionários de dois comércios de variedades, um de Goiânia e outro de Aparecida de Goiânia. Antes comuns no Brasil todo e, especialmente, no centro da Capital, as lojas de R$ 1,99 já não vendem nada – ou quase nada – pelo preço que carregam no próprio nome.

Em um comércio do Setor Garavelo, em Aparecida de Goiânia, os produtos mais baratos são vasilhas de plástico que custam entre R$ 2,50 e R$ 3. “Antes da pandemia, quando as coisas estavam mais em conta, a gente conseguia vender alguns produtos por R$ 1,79. Mas tudo subiu. Um batom que custava R$ 0,99, hoje, custa R$ 3. O nome é só para puxar cliente: hoje em dia, não existe mais loja R$ 1,99 em lugar nenhum.”, comenta Luciano Lucas Araújo, que trabalha em diversas funções na loja, desde caixa até repositor de mercadoria.

“A inflação não ataca um segmento só, ataca todos. E com o segmento das lojas de R$ 1,99 não poderia ser diferente”, explica a financista e professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), a financista Alethéia Cruz. “Com a pandemia, tivemos inflação atingindo vários países e o Brasil foi um deles. Quando se adiciona esta alta de preços internacionais – já que muitas vezes as lojas de R$ 1,99 comercializam produtos importados – aos custos internos relacionados à alta do petróleo, que vem recebendo preços novos praticamente diariamente, não tem como o comerciante segurar os custos”, explica a especialista, que destaca ainda o fato de que o transporte no Brasil é praticamente todo feito por rodovias e, consequentemente, exige consumo de óleo diesel para mover os caminhões.

Preços aumentam a cada reposição de estoque

“A única coisa que tem abaixo de R$ 1,99 é lápis e borracha. Hoje em dia é raro encontrar este preço em qualquer loja. Falam que é de R$ 1,99 por falar mesmo”, comenta o sub-gerente de uma loja do setor central de Goiânia, Raimundo Lonato.

“De uns tempos para cá, o aumento dos preços vem piorando, principalmente este ano. Geralmente, o produto chega com um preço em uma reposição de estoque e, no próximo pedido, já vem com outro, já está mais caro”, detalha. Segundo o subgerente, os pedidos são feitos em média a cada dois meses, para as três unidades da loja.

No comércio onde Raimundo trabalha, os clientes só encontram produtos que são típicos deste estilo de varejo: decoração e utilidades. Já onde Luciano é funcionário, em Aparecida de Goiânia, já se vende até arroz e feijão. “Presentes, brinquedos, produtos de limpeza, macarrão, bolacha. É praticamente um mercado mesmo”, relata.

A variedade é uma estratégia para buscar lucros. “Em função destes diversos fatores que foram acontecendo nos últimos anos, infelizmente não tem como o comerciante lidar com isso e acaba tendo que oferecer preços superiores a R$ 1,99 e, obviamente, passa a não fazer sentido mais esse nome para o consumidor. Algumas lojas passam até a incluir outros tipos de produtos, itens de supermercado, para tentar manter uma média de lucratividade que tinha antes”, explica a financista.

“Tem desconto à vista?”

Certas coisas parecem não mudar. Pedir desconto continua sendo de praxe. Antes, o “dinheiro vivo” em mãos era moeda de barganha para conseguir um preço mais baixo. Agora, o PIX também entra como possibilidade.

“Pedido de desconto pede em todo lugar, né? Hoje em dia, quem não chora não mama. Os clientes sempre pedem e, dependendo da situação, o patrão autoriza o desconto”, conta.

Em um cenário de preços altos generalizados, qualquer desconto parece valer. “A inflação está completamente sem controle. Não temos política macroecnômica clara, nem uma política de investimentos públicos ou que atraia investidores externos. As políticas do governo são frágeis, mostrando que o Brasil está a Deus dará”, conclui a financista.

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Lotofácil: Apostas de PR e SP acertam dezenas e levam R$ 795 mil

Apostas do Paraná e de São Paulo acertaram as 15 dezenas do concurso 3249 da Lotofácil e levou para casa o prêmio de R$ 795.283,07. O sorteio aconteceu nesta quinta-feira, 22, no Espaço da Sorte, em São Paulo.

Os números sorteados foram: 01-03-05-06-07-08-10-11-12-13-14-16-20-21-22.

As apostas vencedoras do prêmio principal são de Curitiba (PR) e Campinas (SP), ambas feitas por canal eletrônico.

Além do prêmio principal, houve também premiações em acertos menores:

  • 260 apostas com 14 acertos. Cada uma recebe um prêmio de R$ 1.832,44.
  • 9.235 jogos vencedores acertaram 13 números e levam R$ 30.
  • 113.148 apostas com 12 acertos faturam R$ 12.
  • 634.533 apostas fizeram 11 dezenas e ganham R$ 6.

O próximo sorteio da Lotofácil acontece nesta sexta-feira, 22, com prêmio estimado de R$ 5,5 milhões.

Como participar?

Para participar da Lotofácil, os apostadores podem escolher entre 15 e 20 números de um total de 25 disponíveis. A aposta mínima, com 15 números, custa R$ 3,00. Além disso, os jogadores têm a opção de usar a Surpresinha, onde o sistema escolhe os números aleatoriamente, ou a Teimosinha, que permite concorrer com a mesma aposta por vários concursos consecutivos.

As chances de ganhar na Lotofácil variam de acordo com o número de dezenas acertadas. Para ganhar algum prêmio, é necessário acertar entre 11 e 15 números. A probabilidade de acertar as 15 dezenas é de 1 em 3.268.760.

As extrações da Lotofácil ocorrem seis vezes por semana, de segunda a sábado, sempre às 20h no horário de Brasília. Os resultados são divulgados pela Caixa Econômica Federal em seu canal oficial no YouTube.

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