Mais de 500 famílias serão sorteadas para ganhar casa própria neste sábado, 14, em Goiânia

Mais de 500 famílias, inscritas no programa Moradia Goianiense, serão contempladas com a casa própria neste sábado (14). O sorteio acontecerá durante a 3ª Caravana do Bem – Prefeitura que Cuida. O evento será realizado na Avenida Argentina Monteiro, Conjunto Vera Cruz, região Oeste de Goiânia, a partir das 14h30.

Os sorteados passarão por uma primeira análise para validação das informações prestadas durante a inscrição no programa. Com isso, será necessário comprovar renda, comprometimento financeiro e quaisquer outras restrições.

Após a verificação desses dados, a prefeitura de Goiânia fará uma análise social da família. Nesta etapa, o grupo deverá atender requisitos como: Tempo de moradia na capital acima de três anos e não ter sido beneficiado por outro programa habitacional em nível municipal, estadual ou federal.

Moradia Goianiense

Lançado em fevereiro, o programa tem por objetivo viabilizar a construção de 15 mil novas unidades habitacionais em Goiânia, até dezembro de 2024. O primeiro empreendimento será construído no Conjunto Vera Cruz, em parceria com os governos estadual e federal.

Serão sorteadas para essa primeira etapa 128 famílias. Além disso, outras 388 integrarão o cadastro de reservas.

De acordo com a prefeitura, as famílias serão divididas por grupos, conforme definido por legislação federal. Portanto, 3% das unidades são destinadas a portadores de necessidades especiais, 3% para idosos e outros 94% ao cadastro geral.

As obras do empreendimento no Conjunto Vera Cruz devem ser concluídas até maio de 2023, quando as famílias receberão as chaves. Cada apartamento possui dois quartos, sala, banheiro, cozinha e área de serviço integrada, totalizando 47,73m², área de convivência e garagem.

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Restauração da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos faz descoberta de cemitério de africanos escravizados

A restauração da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Jaraguá, culminou em uma importante descoberta arqueológica: um cemitério com mais de 200 anos. Durante as escavações para a implantação de um sistema de drenagem, os arqueólogos encontraram ossadas que, segundo especialistas, são possivelmente de africanos escravizados e negros libertos.

A obra, iniciada em abril deste ano, é realizada pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com um investimento de R$ 3,5 milhões. A conclusão está prevista para 2025. A descoberta das ossadas aconteceu em novembro, quando 35 ossadas foram exumadas sob o calçamento externo, e centenas de outros túmulos foram identificados.

Importância Histórica e Cultural

“É uma descoberta importantíssima para a história de Jaraguá e do estado de Goiás, pois nos permite resgatar a memória histórica de um período significativo para a formação cultural”, ressalta a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes. Este achado reforça a importância da preservação do patrimônio material e imaterial, conectando-nos com as raízes de nossa história.

Além das ossadas, os trabalhos também revelaram, com a remoção do piso de madeira, 56 campas funerárias numeradas dentro da igreja. Segundo os arqueólogos, há cerca de 150 sepultamentos nas laterais, no fundo e no pátio frontal da igreja. “Tem um sepultamento atravessado embaixo da escada da igreja, então quer dizer que aquela escada não é tão antiga, não é a original da construção. Em alguns locais a gente encontrou sobreposição de esqueleto, ou seja, existia o uso contínuo dessas covas”, conta o arqueólogo Wagner Magalhães.

A equipe agora enfrenta o desafio de extrair o máximo de informações possíveis sobre os esqueletos, que estão em péssimas condições de preservação devido ao solo úmido do local. As ossadas retiradas serão estudadas em laboratório para obter informações sobre sexo e faixa etária. Posteriormente, será feito um levantamento histórico com base nos registros de batismo e morte.

“Foi um trabalho surpreendente não só porque é inédito, mas é uma coisa que está mexendo com a memória. Quem eram essas pessoas? Apesar de não ter a história completa, a gente tem uma ideia do que aconteceu ali”, ressalta a arqueóloga Elaine Alencastro.

Educação patrimonial

Após o trabalho de curadoria da equipe arqueológica, a Secult, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) Goiás, vai oferecer uma ação de educação patrimonial na igreja. “Todas as nossas obras já possuem tapumes educativos que contam a história do edifício, mas, com essa descoberta, vamos montar uma estrutura na igreja para que todos possam conhecer mais sobre essa história que ficou escondida durante tantos anos”, adianta a superintendente de Patrimônio Histórico e Artístico da Secult, Bruna Arruda.

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos foi construída em 1776 pela irmandade de negros de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Nessa época, era comum a construção de igrejas específicas para a população negra. “Essa igreja foi dedicada aos pretos e foi construída por eles, e a população africana teve um papel importantíssimo até para a formação da cidade de Jaraguá. Então o que a gente tem aqui é um pouquinho da nossa história e traz também um pouco da história do início das minas de ouro, desses povos que trabalharam lá”, explica Wagner Magalhães.

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