Iris sofre primeira derrota na Câmara

O plenário da Câmara Municipal rejeitou, com 26 votos contrários, o veto do prefeito Iris Rezende (PMDB) ao projeto que concede permissão de uso de uma área de dois mil metros quadrados pelo Templo Ejano do Amanhecer, no residencial Vale do Araguaia. Essa foi à primeira derrota do gestor peemedebista, que ainda não tem líder dentro da Casa. Vereadores da base também votaram contra o veto de Iris.

O projeto em questão é de autoria do vereador Anselmo Pereira que disse não ter entendido as motivações do veto. “Trata-se de uma obra de cunho eminentemente social, voltado aos jovens, especialmente os viciados em drogas. Foi um equivoco esse veto”, comentou.

Segundo o vereador, o Paço alegou que a permissão do uso de área municipal é uma iniciativa do Executivo e não da Câmara, mas reafirmou que “o projeto é legal e constitucional”.

Base
Como adiantado pelo Diário do Estado, a base do prefeito passa por uma crise ocasionada por vereadores insatisfeitos com o tratamento do Paço Municipal. Hoje o vereador Clécio Alves (PMDB), repercutiu suas críticas do dia anterior e tornou a falar que o tratamento do Paço “não era digno de um aliado” como ele, mas amenizou os comentários em relação ao prefeito: “Eu não tenho e nunca tive a intenção de desrespeitar ou desfazer a pessoa e o administrador da pessoa do Iris”.

Vetos mantidos

Apesar da rejeição do veto no projeto de Anselmo Pereira, os vereadores resolveram manter outros vetos: um do ex-prefeito Paulo Garcia (PT), ao projeto que obriga a apresentação de atestado médico de aptidão física pelas academias de ginásticas, de autoria do ex-vereador Geovani Antonio; e outro do próprio Iris, que dispunha sobre a política de atendimento dos direitos da criança e adolescentes em Goiânia.

O veto ao projeto da vereadora Cristina Lopes (PSDB), que tratava sobre a criação do Conselho Municipal da Educação não foi apreciado pelo plenário em razão de vistas pedido pelo vereador Oséias Varão (PSB), mas que mesmo assim não poupou o prefeito de críticas. Segundo a vereadora, a administração do peemedebista “tem total desprezo” pelo Legislativo. “Os vereadores são ignorados, especialmente da base de apoio do Paço. Somos desconsiderados pelo atual ocupante da Prefeitura. Esse veto é inconsistente, um equívoco”, finalizou.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos