Pedreiros são presos suspeitos de espancar até a morte ex-cliente idosa, em Goiânia

Uma idosa de 87 anos foi espancada até a morte no início da noite desta segunda-feira (16), no Jardim Ana Lúcia, em Goiânia. Segundo a Polícia Militar (PM), a vítima conhecia os suspeitos porque eles haviam prestado serviço de pedreiro na casa dela, nos meses de fevereiro e março.

A filha de Jeanette Khayat encontrou a idosa amarrada, com sinais de espancamento, e chamou a polícia por volta das 18h. Cerca de quatro horas depois, a PM localizou dois suspeitos de terem cometido o latrocínio, sendo um deles menor de idade, de 17 anos. Também foi localizado um suspeito de receber os produtos roubados.

Segundo a polícia, os dois se aproveitaram do fato de já terem trabalhado na casa da idosa para entrar e cometer o suposto latrocínio.

“Por volta do mês de fevereiro para março, estes dois envolvidos no homicídio fizeram serviço de pedreiro na casa da vítima. Então, tiveram esta ideia de retornar ontem, sendo que já sabiam da rotina da idosa, que morava sozinha. Eles alegaram que precisavam fazer um acerto no serviço, algo que havia ficado faltando. Logo que entraram, amarraram, amordaçaram e espancaram a vítima até a morte”, afirma o comandante que atua no caso, tenente coronel Mendonça.

Os suspeitos levaram o carro da idosa, duas televisões, um celular e um instrumento musical (teclado). De acordo com o tenente coronel, os policiais encontraram os suspeitos porque eles anunciaram os produtos roubados à venda em uma rede social. O receptor, que se interessou em comprar, sabia que os produtos eram roubados, já que os preços anunciados eram bem abaixo do mercado, segundo Mendonça. “A gente conseguiu localizar a residência onde estava o veículo no momento da comercialização”, afirma.

Os dois suspeitos de envolvimento direto responderão pelo crime de latrocínio – roubo seguido de morte. O  homem que demonstrou interesse por comprar os produtos responderá por receptação. De acordo com a PM, o menor de idade já tem passagem pela polícia por crime parecido, cometido no Maranhão. Além disso, suspeito de receptar os produtos roubados também tem passagem por este tipo de crime.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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