Na madrugada desta quarta-feira (18), Pedro Henrique Martins foi condenado, em júri popular, a 45 anos e seis meses de prisão. Ele é um dos acusados de matar os advogados Marcus Aprígio Chaves, de 41 anos, e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis, de 47 anos, em Goiânia.
O caso aconteceu no dia 28 de outubro de 2020, no escritório de advocacia das vítimas, que ficava no Setor Aeroporto. Um dos advogados, Marcus, deixou dois filhos ainda pequenos: um de sete e outro de três anos de idade. Segundo inquérito da Polícia Civil, o homicídio foi encomendado por um fazendeiro. Os advogados Pedro Henrique e Marcus ganharam um processo de reintegração de posse na Justiça, contra o suposto mandante do crime.
O réu condenado está preso preventivamente desde 2020. Agora, ele não pode mais recorrer da decisão. De acordo com a sentença, Pedro cumprirá 31 anos pelos assassinatos e 13 anos pelo roubo de R$ 2 mil reais. Segundo as investigações da Polícia Civil, o valor foi roubado apenas para dar a impressão de que se tratava de um latrocínio – roubo seguido de morte. No entanto, o inquérito policial chegou à conclusão de que, na verdade, os advogados foram executados.
Pedro é o primeiro dos quatro réus a serem julgados no caso, mas ainda não há data marcada para os demais julgamentos, uma vez que os acusados recorreram da pronúncia, segundo o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO). Estão presos Nei Castelli, fazendeiro apontado como mandante do crime, e Cosme Lompa Tavares, que, segundo o inquérito policial, intermediou a negociação e contratou os executores. Hélica Ribeiro Gomes, namorada de Pedro Henrique, é acusada de ajudá-lo após o crime.