Temer diz ter força necessária para resistir aos que querem parar o país

Em vídeo publicado hoje (29) nas redes sociais, logo após embarcar para a China, o presidente Michel Temer disse que há pessoas que querem “parar o Brasil” e que “esse desejo não tem limites”. Temer afirmou ter a “força necessária para resistir”, porque o governo está fazendo as mudanças necessárias. O presidente disse ainda que nenhuma força o “desviará desse rumo”.

“Sabemos que tem gente que quer parar o Brasil e esse desejo não tem limites. Quer colocar obstáculos ao nosso trabalho, semear a desordem nas instituições, mas tenho força necessária para resistir porque o que estamos fazendo é necessário e serve apenas à sociedade brasileira”, disse. E completou “o momento pede sobriedade, responsabilidade e paciência. Nenhuma força me desviará desse rumo”.

As declarações foram feitas em um momento em que há a expectativa quanto a uma possível nova denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Temer.

Temer disse ainda que chegou ao governo com um plano claro de reformas, que está sendo executado. “Cheguei ao governo com um plano claro de reformas. E com o apoio decisivo do Congresso, com sua torcida, e com o empenho de todos, o estamos executando”, disse.
No vídeo, o presidente registra que os brasileiros podem estar desconfiados da política “porque já sofreram muito e já amargaram grandes decepções, mas no fim, sempre torcem para dar certo”. Em tom otimista, disse que “vai dar certo. Não vamos deixar que a agenda negativa venha abater nosso ânimo”.

O presidente fez referências ao governo da ex-presidente Dilma Rousseff. “A herança deixada está sendo corrigida e a carestia e os juros estão sendo eliminados progressivamente”.

Viagem à China

O vídeo foi postado nas redes sociais pouco após o embarque de Temer para a China. No país, o presidente Michel Temer fará visita de Estado e participará da 9ª Cúpula do Brics, grupo formado pelo Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul.

Sobre a viagem, Temer disse que vai ampliar as relações comerciais com o país e que a melhor surpresa que a visita poderá reservar é a celebração de bons acordos. O presidente vai apresentar a empresários e autoridades o pacote de concessões e privatizações lançado na semana passada pelo governo em busca de atrair investimentos chineses.

“A China poderá ser uma das grandes investidoras nos nossos projetos de concessão que anunciei na semana passada e, com isso, acelerar a criação de empregos e melhorar a renda do trabalhador brasileiro”, disse.

Fonte: Agência Brasil

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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