Os nomes dos reis do Cangaço, Lampião e Maria Bonita, tramitam no Superior Tribunal de Justiça de Sergipe (STJ), mas dessa vez os ícones da cultura nordestina não estão ligados a roubos ou mortes e sim, ao amor e à malícia. Acontece que a única filha do casal, Expedida Ferreira Nunes, acusou uma rede de motéis de usar o nome dos pais para promover propaganda sem o “uso indevido de imagens para fins comerciais, implicando a posse indevida do patrimônio imaterial dos personagens”.
A Quarta Turma do STJ de Sergipe analisou nesta terça-feira, 17, a acusação feita pela mulher e então pediu uma análise do recurso contra a indenização decidida pela instância anterior sobre o direito de imagem dos cangaceiros. A indenização havia sido fixada em R$ 8 mil, mas a empresa recorreu da decisão, alegando que é “inadmissível o uso exclusivo de pseudônimos ligados à cultura nordestina”.
A propaganda citada por Expedita se refere a um outdoor na beira da estrada com o slogan: “Maria Bonita, acenda o Lampião”.