União Europeia registra taxa de menos de 8% de desemprego

A taxa de desemprego na União Europeia está em 7,7% e é a mais baixa desde dezembro de 2008, de acordo com os dados publicados hoje (31) pelo Eurostat, o escritório de estatística da União Europeia.

O Eurostat divulga dados tanto da chamada UE28, conjunto dos 28 países membros da União Europeia, quanto da chamada EA19, que consiste nos países da zona do euro. As taxas de desemprego nessas áreas foram, respectivamente, de 7,7% e 9,1%, em julho de 2017.

A União Europeia (UE28) inclui Bélgica, Bulgária, República Tcheca, Dinamarca, Alemanha, Estônia, Irlanda, Grécia, Espanha, França, Croácia, Itália, Chipre, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Hungria, Malta, Holanda, Áustria, Polônia, Portugal, Romênia, Eslovênia, Eslováquia, Finlândia, Suécia e Reino Unido.

Já a área do euro (EA19) inclui Bélgica, Alemanha, Estônia, Irlanda, Grécia, Espanha, França, Itália, Chipre, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Áustria, Portugal, Eslovênia, Eslováquia e Finlândia.

Entre os estados-membros, as taxas de desemprego mais baixas em julho de 2017 foram registradas na República Tcheca (2,9%), Alemanha (3,7%) e Malta (4,1%). As maiores taxas de desemprego foram observadas na Grécia (21,7%) e Espanha (17,1%).

Na comparação com o ano anterior, a taxa de desemprego caiu em todos os estados-membros, exceto na Finlândia, que permaneceu estável. As maiores quedas no desemprego foram registradas na Croácia (de 13,2% para 10,6%), Espanha (de 19,6% para 17,1%), Eslováquia (de 9,7% para 7,3%) e Chipre (de 13% para 10,8%).

O Eurostat considera, em suas análises de emprego e desemprego, as pessoas com idades compreendidas entre 15 e 74 anos. Para os cálculos do desemprego juvenil, são consideradas as pessoas com idades entre 15 e 24 anos.

Portugal

A taxa de desemprego em Portugal está em 9,1% e é a mais baixa desde novembro de 2008 (8,9%), de acordo com os dados publicados ontem (30) pelo Instituto Nacional de Estatística de Portugal (INE).

A estimativa é referente ao mês de junho de 2017, quando a população desempregada foi estimada em 468,9 mil pessoas.

Fonte: Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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