EUA ordenam fechamento do consulado da Rússia na Califórnia

O governo dos Estados Unidos ordenou nesta quinta-feira (31), através de anúncio do Departamento de Estado, o fechamento do Consulado da Rússia em San Francisco, na Califórnia, e de dois anexos diplomáticos russos: um em Washington e outro em Nova York, antes do dia 2 de setembro. O. A informação é da EFE.

A medida responde à decisão do Kremlin, tomada em julho, de reduzir em 755 pessoas o número de diplomatas e colaboradores que trabalham na embaixada dos EUA em Moscou e nos consulados de São Petersburgo e outras cidades.

A Rússia tomou essa medida, que o governo americano deveria aplicar antes de 1º de setembro, para igualar a presença diplomática americana ao mesmo número do pessoal diplomático que o governo russo tem nos EUA.

“Os EUA aplicaram completamente a decisão do governo da Federação Russa para reduzir o tamanho da sua missão na Rússia. Acreditamos que esta ação foi injustificada e prejudicial para a relação em geral entre os nossos países”, afirmou a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, no comunicado.

“Seguindo a paridade invocada pelos russos, requereremos que o governo russo feche seu consulado geral em San Francisco, um anexo da chancelaria em Washington e um anexo consular na cidade de Nova York. Estes fechamentos devem efetuar-se antes de 2 de setembro”, salientou ela.

Com essa medida, os dois países continuarão seu trabalho diplomático com o funcionamento de três consulados cada um, segundo a nota.

“Ainda que siga havendo uma disparidade no número de diplomatas e anexos consulares, escolhemos permitir ao governo russo manter alguns dos seus anexos, em um esforço para deter a espiral descendente da nossa relação”, disse a porta-voz.

Fonte: Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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