Marconi acredita que Brasil pós-impeachment está melhor

Ao abrir a semana da pátria em Goiás, o governador Marconi Perillo (PSDB) avaliou o período pós-impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) que completou um ano nesta quinta-feira (31). Para ele, o país melhorou nos últimos meses e é importante entender que o governo do presidente Michel Temer (PMDB) é de transição.

“A avaliação que eu faço é que melhorou sim. O governo federal conseguiu baixar a inflação de 10% para menos de 3%, as taxas de juro caíram de 15 para menos de 10, começamos a equilibrar a economia e algumas reformas importantes foram feitas”, pontuou Marconi.

“É claro que isso é só o começo, esse é um governo de transição e no ano que vem nas eleições que vamos ter condição de debater efetivamente mudanças pra valer que possam tirar o Brasil desse atoleiro que foram colocados nos últimos anos”, disse. Mas o governador lembrou que apesar das melhoras a população continua “inquieta” e desacreditada da “classe política”.

Marconi desconversou sobre o questionamento de uma possível candidatura à presidência da república e disse que a prioridade é governar bem o estado com projetos como Goiás na Frente: “Estou completando por todas as cidades goianas e isso foi muito importante porque estamos levando benefícios, empregos, obras para todo o estado. E ao mesmo revendo toda a realidade estadual, visitando obras, acertando parcerias com os prefeitos”.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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