Prefeito de Senador Canedo processa moradores que reclamam da sua gestão

A gestão do município de Senador Canedo, uma das principais e mais populosas cidades de Goiás, segundo o Censo 2021 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de Goiás (IBGE), está dando o que falar. Além dos problemas envolvendo a infraestrutura da cidade como a falta d’água, de organização do trânsito e abandono de obras públicas, moradores denunciam estar sofrendo represarias da prefeitura e até mesmo do prefeito Fernando Pellozo, por problemas da cidade, responsável por deter o 20º maior Produto Interno Bruto (PIB) do Centro-Oeste.

Um desses moradores, Paula Alessandra Ferreira Prado, por exemplo, disse ao Diário do Estado que já foi intimada em duas ocasiões, depois de usar as redes sociais para realizar denúncias em relação a saúde municipal. Na ocasião, ela fez um apelo para ajudar uma senhora, de 87 anos, que necessitava de uma cirurgia geriátrica. Agora, Paula aguarda os trâmites da Justiça em relação as acusações.

“Hoje eu recebi uma intimação da gestão, mas não sei se é do Fernando. Já é a segunda vez que sou intimada pela Justiça, depois de ser denunciada pela prefeitura por criticar os problemas da cidade. A primeira vez que isso aconteceu foi com o prefeito. Foi referente a um vídeo que fiz, enquanto acompanhava uma senhora que estava com inúmeros problemas de saúde. No vídeo eu falei que ele não tinha mãe e que ela havia optado por não viver. Falei que por ele não ter mãe, queria matar a nossa mãe a mingua. Ai ele fez uma denúncia referente a esse vídeo, por crime de Internet”, explicou.

Problemas

Para Paula, os moradores da cidade foram abandonados pela prefeitura, visto que nada é feito para melhorar a qualidade de vida da população. As mudanças no trânsito, por exemplo, apenas trouxeram prejuízo e dor de cabeça a população.

Conforme a moradora, a falta de compromisso da saúde pública também têm provocado caos. A situação está tão crítica na cidade que moradores carentes precisaram receber doações de materiais de higiene de outras cidades, devido a falta de produtos nas farmácias de unidades de saúde.

“Alguns moradores precisaram receber doações de fraudas geriátricas da Prefeitura de Bela Vista por não conseguir aqui em Senador Canedo. Aqui é a cidade do falta, falta tudo. Há uma escola mesmo que está há mais de dois anos parada porque a prefeitura abandonou a obra. Além disso, a superintendência de trânsito virou uma maquina de fazer dinheiro depois que o Fernando foi eleito. As pessoas levam multa sem saber, principalmente depois das mudanças. Os moradores só veem as multas chegando”, concluiu.

O DE procurou a Prefeitura de Senador Canedo para buscar um posicionamento, mas não obteve resposta até a publicação dessa matéria.

Vídeo:

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Pesquisa aponta que 49% dos brasileiros acreditam em melhorias no país em 2025

Um levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelou que 49% dos brasileiros acreditam que o país terá melhorias em 2025. O índice permanece estável em relação à pesquisa de outubro, mas registra uma queda de 10 pontos percentuais comparado a dezembro de 2023, quando o otimismo atingiu 59%.

A percepção de piora aumentou entre os entrevistados: 28% acreditam que o Brasil irá piorar em 2025, uma alta de cinco pontos em relação a outubro (23%) e de 11 pontos frente a dezembro do ano anterior (17%).

O levantamento, divulgado nesta quinta-feira, 26, foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) entre os dias 5 e 9 de dezembro, com 2 mil participantes de todas as regiões do país.

Sobre o desempenho do Brasil em 2024, 66% dos entrevistados afirmaram que o país melhorou (40%) ou permaneceu igual (26%) em comparação a 2023. No entanto, essa soma representa uma queda de 13 pontos em relação a dezembro de 2023, quando 79% acreditavam que o cenário havia melhorado (49%) ou permanecido estável (30%).

A percepção de piora em 2024 alcançou 32% em dezembro, marcando um aumento significativo em relação aos 20% registrados no mesmo período do ano anterior.

Para Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe, os resultados refletem um equilíbrio entre otimismo e cautela. “O ano teve aspectos positivos, como o aumento do emprego, mas foi marcado por fatores adversos, como seca, queimadas e notícias sobre alta da Selic, juros e inflação”, explicou Lavareda.

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