Um mês após ser torturada, jornalista Luka Dias volta a ser internada

A jornalista Luka Dias, de 37 anos, voltou a ser internada esta semana, no Rio de Janeiro, para nova avaliação dentária. Ela foi vítima de tortura praticada pelo então namorado, Fred Henrique Lima Moreira, com o uso de cassetete e soco-inglês, em um prédio de Copacabana, onde era mantida presa. Há cerca de um mês, a mulher conseguiu fugir e começou a se tratar, principalmente, de um traumatismo craniano e de fratura na mandíbula.

“Está sendo uma recuperação dolorida, com algumas complicações, como a inflamação nos dentes, além da dor, que não para. Mas, mesmo diante de todas as dificuldades, não me arrependo de ter denunciado e me alivia muito ver a justiça sendo feita”, declarou Luka Dias. O agressor, Fred Henrique, foi indiciado por tentativa de feminicídio, estupro, cárcere privado e tortura, e continua preso.

“Me sinto forte para lutar por tanta coisa que perdi quando estava com ele, como meus celulares e laptops que foram quebrados durante o relacionamento. Apesar de tanto sofrimento nessa triste trajetória, conheci pessoas que só têm me dado força e segurança para superar tudo e levantar a bandeira contra a violência doméstica”, completou a jornalista.

Relembre o caso:

Luka esteve em cárcere privado no apartamento do namorado, Fred Henrique entre os dias 26 e 29 de abril deste ano. Neste período ela foi torturada e estuprada. O crime aconteceu em Copacabana, na Zona Sul do Rio.

Fred agrediu a mulher por suspeitar de uma suposta traição por parte da vítima, puxando o cabelo da jornalista e a arremessando no chão. Ele também golpeou a vítima na cabeça com um cassetete até que desmaiasse. No dia 29 de abril, ela conseguiu deixar o apartamento e procurar a delegacia. O agressor foi preso no último dia 4.

Antes de ser preso, Fred ainda ameaçou a jornalista através de mensagens enviadas para o celular dela. No texto ele diz: “Um dia tu sai, hospital não é eterno”. Na ocasião, Luka estava internada por ter sofrido traumatismo craniano, fratura na mandíbula, além de diversos hematomas pelo corpo.

 

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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