Coreia do Norte faz 1º teste com bomba de hidrogênio

O governo da Coreia do Norte anunciou que realizou um teste com uma bomba de hidrogênio na madrugada deste domingo(3), o que provocou um tremor de magnitude 6,3 no território norte-coreano.

No anúncio feito pela TV estatal, o governo de Kim Jong-un disse que o teste foi um ‘sucesso perfeito’ e representa um passo ‘significativo’ para completar o programa de armas nucleares do país.

A confirmação do novo teste ocorreu horas depois de um tremor de magnitude 6,3 ser detectado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) no noroeste do país asiático, em uma região usada para testes militares.

Logo após o tremor, antes do anúncio oficial do governo norte-coreano, o Japão confirmou o teste. “Depois de examinar os dados, concluímos que era um teste nuclear”, disse o ministro das Relações Exteriores japonês, Taro Kono, em uma entrevista divulgada pela emissora pública “NHK” após uma reunião do Conselho Nacional de Segurança do Japão.

Como resposta, aviões de reconhecimento da Força Aérea japonesa foram enviados à área para identificar possíveis variações do nível de radioatividade no ar. Por sua vez, a Coreia do Sul elevou ao máximo seu nível de alerta contra o vizinho.

Na noite de sábado (2), o governo de Pyongyang anunciou que havia desenvolvido uma bomba de hidrogênio com “grande poder destrutivo” e poderia ser colocada em mísseis intercontinentais.

De acordo com a agência de notícias “KCNA”, imagens de Kim inspecionando o que dizem ser o carregamento da bomba de hidrogênio em um míssil intercontinental foram divulgadas. “O poder explosivo da bomba foi ajustado de dezenas para centenas de quilotons e pode ser detonada de grandes altitudes.

Como seus componentes foram produzidos localmente, isso permite que o país possa fazer quantas armas nucleares quiser”, ressalta a publicação. A Itália, os Estados Unidos, a China, a Rússia, o Japão, a Coreia do Sul, a França, além da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da União Europeia condenaram o novo teste.

As informações são da Agência ANSA

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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