Vídeo: Vereadora procura delegacia após vídeo de homem ejaculando sobre foto dela

Uma vereadora de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, procurou uma delegacia após receber um vídeo de um homem ejaculando sobre uma foto dela. As imagens chegaram de um número desconhecido pelo whatsApp de Luirce Cruz, que milita pelas mulheres e dos animais. O acusado ainda não foi identificado e as investigações estão em andamento.

A política fez uma live dias antes de a mensagem pornográfica ser enviada. Ela pediu ao vivo de uma unidade de saúde que as pessoas informassem pelo aplicativo de mensagens se enfrentavam dificuldades em serem atendidas no local. Um dos que se manifestaram foi o abusador.

“Minha foto foi postada em um boomerang há seis meses, a pessoa printou, imprimiu e usou para se masturbar. A legenda é ‘eu também tenho uma reclamação’. Não quero acreditar que tem relação com a live que eu fiz, mas foi muito estranho”, afirmou por meio de seu perfil pessoal no Instagram.

Pela internet, Luirce postou stories condenando a situação e questionou as seguidoras se também já passaram por algum tipo de abuso ou violência de gênero. Ela recebeu uma avalanche de relatos e apoio.  A vereadora se posicionou reafirmando que é mulher, mãe, política e que luta pelas causas da comunidade. “Não vou me calar”, frisou.

Na tarde desta segunda (30), uma vereadora do município sul rio-grandense de Tunas, Luana Neiland, também foi agredida sexualmente pelo whatsApp quando prestou apoio à colega parlamentar. Um homem respondeu a um story da mulher a ameaçando passar pelo mesmo constrangimento. “Vou te mandar um. Quero ver se tu não vai gostar”, escreveu o agressor.

Cruz é presidente do Podemos Mulher no Rio Grande do Sul e recebeu a solidariedade da presidente nacional, Márcia Pinheiro. Segundo ela, se trata de um “ato inadmissível, machista e misógino”, por isso algumas medidas serão tomadas contra o assédio. “Ser mulher no Brasil é viver diariamente sofrendo violências de cunho sexista”, lamentou.

Uma lei federal do ano passado determina a prisão de um a quatro anos mais multa para quem assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar candidata a cargo eletivo ou detentora de mandato eletivo por menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à cor, raça ou etnia com o objetivo de impedir ou de dificultar a campanha eleitoral ou o desempenho do mandato eletivo.

Vídeo:

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp