Crianças que denunciaram professor em Caldazinha serão ouvidas por especialistas

Depois de denunciar o professor de educação física por abusos sexuais ocorridos durante aulas em uma escola pública de Caldazinha de Goiás, as três alunas, de 10 anos, deverão ser ouvidas pela Polícia Civil (PC), nesta terça-feira (31), com o auxílio de uma psicóloga. As crianças relataram a agressão sexual por parte do educador, após participarem de uma palestra na unidade de ensino, realizada na semana passada.

“O professor que está afastado da escola será ouvido depois das vítimas e todas as testemunhas. Amanhã  as vítimas vão ser ouvidas na DEAM, com o auxílio de uma psicóloga. O caso foi noticiado após uma das vítimas tomar coragem e contou para a mãe, que procurou o Conselho Tutelar. O Conselho Tutelar noticiou os fatos na delegacia que agora está apurando o caso. À principio, estamos tratando o caso como estupro de vulnerável”, disse a delegada Gabriela Souza de Moura, responsável pelo caso.

Denúncia

As estudantes relataram a violência para os responsáveis, que imediatamente procuraram o Conselho Tutelar de Caldazinha. De acordo com o órgão, as meninas contaram que o homem deu tapas nas suas nádegas, além de ter tocado os seios e pernas. O caso foi registrado pelo Conselho na tarde da última quinta-feira (26), e em seguida, elas foram encaminhadas para a delegacia.

O órgão esteve na escola em que as meninas estudam e receberam a informação da diretoria de que, horas antes, as meninas haviam contado o que aconteceu à coordenação, e que o professor havia sido afastado do cargo.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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