PRF instala comissão para investigar morte de homem em viatura da corporação

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) instalou uma comissão interventora na superintendência regional do órgão em Sergipe para investigar a morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos. O homem foi asfixiado no porta-malas de uma viatura da corporação após uma abordagem, em Umbaúba (SE).

A comissão é formada por agentes da PRF de Brasília. Um outro grupo formado por policiais rodoviários federais de outros estados, vão acompanhar o processo administrativo disciplinar ao qual os três policiais envolvidos no caso respondem. As equipes foram enviadas para Sergipe no último fim de semana.

Além disso, o Ministério Público Federal (MPF) continua cobrando o retorno das comissões de Direitos Humanos na PRF. Isso sem contar o restabelecimento da disciplina de mesmo assunto nos cursos de formação e reciclagem dos policiais rodoviários federais.

Apesar disso, em um vídeo publicado nas redes sociais, o coordenador-geral de Comunicação Institucional da PRF, policial Marco Territo, disse que a situação ocorrida em Sergipe, foi um caso isolado. E afirma que a corporação não compactua com a conduta dos agentes e que procedimento visto durante a ação, não está “de acordo com as diretrizes expressas em cursos e manuais” da PRF.

Relembre o caso:

Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, morreu após ser colocado em uma ‘câmara de gás’ improvisada em uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF). De acordo com os agentes, ele foi parado por estar pilotando uma motocicleta sem capacete. O caso ocorreu na última quarta-feira (25), em Sergipe.

De acordo com o boletim de ocorrências, a equipe visualizou uma motocicleta de placa OUPOJ89/SE sendo conduzida por um indivíduo sem capacete. Diante disso, realizou a abordagem. A princípio, os policiais teriam dado ordem para que Genivaldo descesse da moto e colocasse as mãos para cima. No entanto, o comunicado não foi obedecido, “levantando o nível de suspeita da equipe”.

Ao resistir a abordagem, a equipe precisou conter o homem. Após ser revistado, ele foi imobilizado no chão e, em seguida, colocado na viatura. No porta-malas do veículo, um dos agentes havia jogado gás lacrimogêneo, não recomendado para contenção individual. Genival inalou a substância por dois minutos.

De acordo com a PRF, o homem passou mal no trajeto até a delegacia e foi levado para o hospital. Na unidade de saúde o óbito foi confirmado. Um laudo médico, divulgado na semana passada, confirmou que ele morreu por asfixia e insuficiência respiratória.

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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