Dia Mundial Sem Tabaco: cigarro eletrônico atrapalha combate ao vício

Desde 1987, o 31 de maio é lembrado como o Dia Mundial sem Tabaco, com objetivo de combater o vício Segundo estudos mundiais e dados nacionais, o Brasil é um dos líderes no combate ao tabaco e reduziu para 12,8% da população a quantidade fumantes. Enquanto isso, o uso do cigarro eletrônico aumenta e pode colocar a perder parte deste avanço.

De acordo com a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2021, 9,1% dos brasileiros acima de 18 anos de idade são fumantes. A maioria (11,8%) é de homens e 6,7% são mulheres. Mundialmente, o Brasil é tido como o país que mais conseguiu reduzir o número de pessoas que fumam, a partir dos 15 anos de idade, segundo pesquisa publicada na revista científica The Lancet. O estudo analisou populações de 204 países e foi divulgado ano passado. Por outro lado, o aumento do uso do cigarro eletrônico pode atrapalhar o avanço das últimas décadas.

“Estes dispositivos eletrônicos são uma tentativa de normalizar [o fumo] de novo.Anos atrás, fumar era considerado normal, coisa de quem é bem-sucedido, existia até um glamour relacionado ao hábito. Com as políticas de controle do tabaco, isso caiu por terra. Então, a indústria veio e inventou o dispositivo eletrônico, que atrai principalmente os mais jovens – crianças e adolescentes – e isso é muito perigoso”, alerta a médica pneumologista Fernanda Miranda.

Segundo estudo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), um em cada cinco jovens brasileiros fuma cigarro eletrônico. O dispositivo tem substâncias tóxicas que prejud9icam a saúde e causam vício, como nicotina.

Cigarro eletrônico tem nicotina e vicia. (Foto: Divulgação/ Ministério da Saúde)

Consequências do cigarro

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que o tabagismo – vício no cigarro “tradicional” – é uma das principais causas de mortes que poderiam ser evitadas. “Para evitar doenças, o principal cuidado é não fumar”, explica a pneumologista.

As consequências para a saúde são diversas e vão além dos problemas respiratórios. Algumas das mais comuns são: enfisema pulmonar, doenças cardiovasculares, risco maior de infarto agudo do miocárdio, além de câncer na boca,laringe, estômago e bexiga, por exemplo.

Fumantes passivos também estão em perigo. “Geralmente, o risco é aumentado se existe convívio diário em ambientes fechados. É o caso de pessoas que fumam dentro de casa ou no trabalho. Não existe uma taxa de cigarro que seja ‘segura’ O tabaco está classificado no mesmo grupo do Amianto, por exemplo, que indica não haver quantidade mínima que descarte o risco”, alerta a médica. Quem fuma o cigarro eletrônico também prejudica quem está ao redor. “Temos estudos mostrando que crianças e adolescentes que não usam mas inalam o vapor do cigarro eletrônico, têm 55% mais chances de desenvolver bronquite. Isso mostra que ele não é inofensivo”, alerta a especialista.

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Governo de Goiás investe R$ 6,6 milhões na restauração do Museu Zoroastro Artiaga

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), deu início às obras de restauração do Museu Goiano Zoroastro Artiaga, um dos marcos do estilo Art Deco na Praça Cívica, em Goiânia. Este projeto contou com um investimento de R$ 6,6 milhões e foi aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
 
As obras, conduzidas pela Superintendência de Patrimônio Histórico e Artístico da Secult, têm como objetivo recuperar as características originais do prédio, valorizar o conjunto arquitetônico e implementar melhorias de acessibilidade e segurança estrutural. Além disso, o espaço será requalificado com uma nova proposta museográfica.
 
Para proteger o público e o edifício histórico, tapumes foram instalados ao redor do prédio. Simultaneamente, começaram a ser elaborados os projetos executivos, além do mapeamento e organização do acervo, que será transferido para outro local durante as intervenções. Durante o restauro, o acervo passará por desinfestação por atmosfera anóxia (ausência de oxigênio) e higienização.

Importância do acervo

A coleção do museu inclui peças arqueológicas, mineralógicas, de etnologia indígena, arte sacra e arte popular, que narram a trajetória do estado e da cidade de Goiânia desde sua fundação até os dias atuais. Essas peças são essenciais para a preservação da memória histórica e cultural de Goiás.
 
A secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes, destaca que a preservação do patrimônio histórico e cultural goiano é uma prioridade. “O início das obras de restauro do Museu Zoroastro Artiaga representa um passo fundamental para garantir que este espaço, tão significativo para a memória de Goiás, continue a inspirar as próximas gerações. Estamos comprometidos em entregar à população um museu revitalizado, acessível e preparado para contar a nossa história com ainda mais riqueza e cuidado,” afirma a titular.

História e significado

Inaugurado como o primeiro museu de Goiânia, o Museu Goiano Zoroastro Artiaga é um marco cultural que reflete a diversidade material e imaterial de Goiás. Localizado na Praça Cívica, o edifício foi construído entre 1942 e 1943 pelo engenheiro polonês Kazimiers Bartoszevsky, inicialmente para abrigar o Departamento de Imprensa e Propaganda. Em 1946, foi transformado em museu e recebeu o nome de Zoroastro Artiaga, em homenagem ao professor, advogado, geólogo e historiador que foi o primeiro diretor da instituição. Tombado como Patrimônio Arquitetônico e Histórico Estadual em 1998 e pelo Iphan em 2004, o museu é uma referência do estilo Art Deco, um dos destaques da arquitetura da capital goiana.

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