Secretário de Saúde de Luziânia controla cirurgias e afasta servidora que não concorda

O Secretário de Saúde de Luziânia, Entorno do Distrito Federal, Divonei Oliveira Souza, diz que é ele quem decide a ordem da fila de cirurgias no município. O áudio foi gravado por uma servidora pública que discorda da atitude do secretário. O caso é investigado pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO).

“Se tem dez cirurgias de vesícula, eu faço oito e duas eu faço de acordo com o processo. Isso faz parte do jogo”, disse o secretário, em um trecho do áudio.

A gravação foi vazada nas redes sociais na semana passada e passou a ser investigada pelo MP-GO nesta segunda-feira (30). A servidora, que gravou o áudio, durante uma reunião com o secretário e a diretora do Hospital Municipal do Jardim Ingá, Enilda Meireles, foi afastada das funções por discordar da atitude de ambos.

“Você não vai ficar mais na marcação de consulta. Quem define sou eu. Se você não está concordando, isso não é problema meu”, disse Divonei no áudio.

A funcionária pública era responsável pela gestão da agenda das cirurgias e consultas do município. Segundo o advogado da servidora, ela passou a sofrer retaliações por discordar das ordens do secretário e da diretora do hospital.

O caso é apurado pela 6ª Promotoria de Justiça de Luziânia. Por ser recente, o órgão disse que não pode adiantar posicionamentos, mas afirmou que adotará as providências cabíveis.

Vídeo:

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Jovem baleada por PRF na véspera de Natal tem estado de saúde atualizado

Jovem Baleada por PRF na Véspera de Natal: Estado de Saúde Atualizado

O Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes atualizou o estado de saúde de Juliana Leite Rangel, baleada por um PRF na véspera de natal. Em entrevista ao Globonews, o médico Maurício Mansur, responsável pelos cuidados com a vítima, informou que o caso é “extremamente grave” e que ela está “estável”.

“É importante lembrar que se trata de um caso grave e que, neste momento, não é possível falar sobre sequelas ou qualquer outra consequência. Estamos, na verdade, focados em um tratamento para salvar a vida dela.”, disse o médico.

A jovem está em coma induzido no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital, no Rio de Janeiro. Segundo a equipe médica, o tiro pegou de raspão próximo à orelha esquerda, o que causou lesões no crânio da vítima e grande perda de sangue.

O médico também informou que a família de Juliana solicitou a transferência da paciente para um hospital particular, mas o pedido foi negado por ele devido a riscos à saúde dela.

Entenda o caso

De acordo com relatos, a jovem estava em um veículo quando os agentes da Polícia Rodoviária Federal realizaram a abordagem. A vítima estava indo passar a véspera de natal com a família em Niterói e estava acompanha da mãe, do pai e do irmão mais novo. Além dela, o pai também foi baleado de raspão no dedo.

“Olhei pelo retrovisor, vi o carro da polícia e até dei seta para eles passarem, mas eles não ultrapassaram. Aí começaram a atirar, e falei para os meus filhos deitarem no assoalho do carro. Eu também me abaixei, sem enxergar nada à frente, e fui tentando encostar. O primeiro tiro acertou nela. Quando paramos, pedi para o meu filho descer do carro, então olhei para Juliana: ela estava desacordada, toda ensanguentada, tinha perdido muito sangue. Eles chegaram atirando como se eu fosse um bandido. Foram mais de 30 tiros”, falou o pai da jovem.

Uma investigação foi aberta pelo Ministério Público Federal e o caso foi condenado pelo superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada, que relatou que os agentes se aproximaram do veículo após ouvirem tiros e deduziram que vinha do veículo, descobrindo depois que havia cometido um grave erro.

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