Homem é preso suspeito de matar ex-cunhado com 47 facadas, em Formosa

Dois suspeitos de matar Wanderson Pereira Marcelo, de 23 anos, em Formosa, município goiano no entorno do Distrito Federal, foram presos preventivamente pela Polícia Civil (PC). Um deles é ex-cunhado da vítima, que sofreu 47 facadas e foi deixado agonizando. Segundo as investigações, os dois vinham se desentendendo porque Wanderson teria batido na irmã do suspeito.

Além do ex-cunhado, outro suspeito foi preso, ambos na última terça-feira, 31. As agressões começaram no setor Nordeste, por volta de 1h30 do dia 17 de abril, e se arrastaram por quatro quarteirões de Formosa. Por fim, Wanderson morreu no setor João Bosco, após as facadas.

“A gente acredita que a vítima tenha ficado agonizando por um longo lapso temporal, sofrendo com os ferimentos produzidos pela faca. Só em um segundo momento recebeu um tiro. Acreditamos que, depois, os suspeitos urinaram sobre o corpo, com objetivo de humilhar”, afirma o delegado responsável pelo caso, Danilo Meneses.

De acordo com o delegado, o crime – com facadas, tiro e pedradas – aterrorizou a cidade. “Os suspeitos provocaram momentos de terror por toda aquela vizinhança”, comenta. Segundo as investigações da PC, um dos suspeitos, o ex-cunhado, vinha se desentendendo com Wanderson. “A vítima teria batido na irmã dele e isso teria gerado uma certa animosidade entre os dois, mas eles [a mulher e Wanderson] não estavam mais juntos”, afirma o delegado.

Em depoimento, os dois suspeitos negaram o crime. Eles foram presos preventivamente e levados à prisão provisória de Formosa. Eles responderão por homicídio qualificado – com meio cruel e utilização de recurso que diminuem as chances de defesa da vítima. Segundo o delegado, trata-se de um crime hediondo.

 

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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