Caso Genivaldo: MPF quer que PRF use câmeras em abordagens

Caso Genivaldo

Devido à repercussão do Caso Genivaldo, o Ministério Público Federal (MPF) abriu procedimento em Sergipe. A ideia é instaurar a utilização obrigatória de câmeras de vídeo por parte da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em abordagens.

O procedimento do MPF

Por conta das contradições em depoimentos no Caso Genivaldo, o MPF passou a avaliar a necessidade de que policiais rodoviários filmem as suas próprias abordagens. No despacho da abertura do procedimento, o procurador Flávio Matias forneceu a sua justificativa.

“Um segundo caso de possível agressão em abordagem da polícia rodoviária federal em Umbaúba mostra a necessidade de analisar o uso das câmeras. Ainda mais se levarmos em conta o teor da primeira nota divulgada pela PRF após a morte de Genivaldo, que teve informações contrariadas pelas imagens”.

Após realizar o procedimento, o procurador forneceu o prazo de 15 dias para que as secretarias públicas de todos os estados do Brasil, além do Distrito Federal, enviem informações acerca do uso de câmeras.

“É evidente que a mera adoção de câmeras de vídeo corporais, sem a revisão dos protocolos de abordagem e, sobretudo, sem o treinamento do efetivo policial acerca de tais protocolos de abordagem, é de pouca valia. Porém, parece ser recomendável que tais aspectos sejam tratados separadamente, possibilitando um foco mais direcionado por parte do MPF em face da PRF”, concluiu Flávio.

Relembre o Caso Genivaldo

Em 26 de maio, na BR-101, em Umbaúba-SE, policiais colocaram Genivaldo de Jesus dentro de uma espécie de “câmara de gás”, no porta-malas da viatura. De acordo com a PRF, a vítima resistiu à abordagem e foi agressiva.

No entanto, um vídeo que circulou nas redes sociais mostra o homem sendo revistado, com as mãos para cima, e, em seguida, sendo imobilizado no chão. A investigação a respeito do caso segue em aberto.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

STF homologa plano para melhorar condições de presídios

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu homologar o Plano Pena Justa, elaborado pelo governo federal e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para enfrentar os problemas encontrados nos presídios do país. A questão foi decidida em sessão virtual do plenário, que foi encerrada no último dia 19.

O plano foi protocolado em setembro deste ano no âmbito da ação na qual o Supremo determinou a elaboração de um plano nacional de enfrentamento aos problemas dos presídios brasileiros, como superlotação de detentos e disputas entre facções.

A determinação ocorreu em outubro de 2023, quando o STF estabeleceu o estado de coisas inconstitucional nas prisões do Brasil.

Com a decisão, a União e os estados foram obrigados a elaborar um plano para enfrentar os problemas do sistema penitenciário.

O Plano Pena Justa é composto por quatro eixos que tratam do controle de entrada e das vagas no sistema prisional; qualidade dos serviços prestados e da estrutura, reintegração social e política para não repetição do estado de inconstitucionalidade apontado pelo STF.

O plano também apresenta indicadores e metas para os anos de 2025, 2026 e 2027.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp