Energia limpa em Senador Canedo

Pesquisadores do Grupo de Estudos e Pesquisas em Ciência e Tecnologia (GCITE), do Câmpus Senador Canedo e do Núcleo de Estudos e Pesquisas Experimentais e Tecnológicas (NExT), do Câmpus Goiânia, ambos do Instituto Federal de Goiás (IFG), reuniram-se com o prefeito de Senador Canedo, Divino Lemes e apresentaram projeto para a criação de duas usinas para geração de energia limpa no município.
“O Brasil enfrenta uma grande dificuldade na geração de energia, que inclusive tem sido um obstáculo para a abertura de novas empresas”, enfatizou o professor e membro do NExT, Wesley Pacheco. A proposta apresentada ao prefeito prevê a implantação de uma usina de energia fotovoltaica em alguns prédios da prefeitura e uma usina à biogás. “O que estamos apresentando é uma sugestão, a ideia é que a parceria seja construída através do diálogo”, disse Pacheco.
O professor do Câmpus Senador Canedo e membro do GCITE, Márcio Rodrigues da Cunha, observa que o projeto articula a geração de energia fotovoltaica, cuja produção depende da luz solar, a uma segunda fonte de produção ininterrupta, à biogás. “Desta forma, nós teremos um melhor rendimento”, avalia. Ele diz que a parceria, uma vez consolidada, representará um avanço para ambos os lados. “A prefeitura conseguirá reduzir a conta de energia e o Câmpus Senador Canedo conseguirá avançar na pesquisa, oferecendo bolsas de iniciação científica, mestrado e doutorado”, contou.
Para o prefeito de Senador Canedo, Divino Lemes, é motivo de entusiasmo saber que hoje, através do Instituto, a cidade possui um grupo de pesquisadores aptos a realizar pesquisas e projetos tão avançados. Ele afirmou que a parceria proposta pelos pesquisadores é possível e necessária. “Eu vejo que são projetos de baixo custo e de uma aplicação real. Ele toca a vida das pessoas, das cidades, porque gera energia sem provocar danos ambientais”, disse.
Após a reunião, os núcleos de pesquisa NExT e GCITE e o prefeito acertaram a criação de uma comissão, composta por pesquisadores dos dois núcleos e por servidores da prefeitura municipal, que ficará responsável pela adequação do projeto à realidade do município.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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