Saiba por que Goiás vai continuar sem GNV nos postos de combustíveis

Os motoristas goianos devem continuar sem a opção de Gás Natural Veicular (GNV) para os veículos. Seria cerca de 4 mil condutores nesse grupo, de acordo com a agência criada pelo governo estadual há mais de 20 anos para viabilizar com exclusividade a chegada e o uso do gás natural no estado, a Goiás Gás. A sonhada alternativa energética não é disponibilizada desde o fim de 2018 após o fim do contrato com o fornecedor do combustível.

De acordo com a Goiás Gás, não há previsão de retorno no atual cenário. O problema teria começado com a negativa da agência em renovar o contrato por reajuste abusivo e outras cláusulas consideradas intransigentes. No último ano de comercialização, eram vendidos  2,5 mil metros cúbicos diariamente no único posto com o GNV no estado.

“Temos como exemplo a exigência de um aumento no preço do gás natural em mais de 54% dos preços então vigentes, o que inviabilizaria a utilização do gás natural pelos consumidores frente aos outros combustíveis (gasolina, diesel e álcool) e outras questões técnicas”, afirmou a assessoria de imprensa em resposta ao Diário do Estado.

Outro entrave para a popularização do GNV era o alto custo para a chegada dele no estado porque Goiás não tem gasoduto. O gás natural vinha de Paulínia, no interior de São Paulo, já que a ideia era canalizar e iniciar a distribuição própria no estado. Um projeto de implantação de um ramal do gasoduto Bolívia-Brasil chegou a ser aprovado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em 2013, mas não se consolidou.

Apesar do encerramento do fornecimento, a Goiás Gás continua em atividade e mantém uma página na internet com informações sobre a vantagem do combustível para carro, empresas, indústria e residências. Com capital misto, a agência, que tem contrato de concessão até 2031, acumulava prejuízos de  R$ 7,1 milhões em 2020.

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Início do Verão: O que esperar nas previsões climáticas?

O verão no Hemisfério Sul iniciou neste sábado, 21, às 6h20 (horário de Brasília), trazendo mudanças rápidas nas condições do tempo. Caracterizado por chuvas intensas e ventos fortes, este período também marca os dias mais longos e temperaturas elevadas em todo o país.

Segundo o Prognóstico Climático de Verão divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno La Niña terá uma duração mais curta nesta estação. A probabilidade de prevalecimento dessas condições é de 60% entre janeiro e março, caindo progressivamente para 40% entre fevereiro e abril de 2025. A meteorologista do Inmet, Maytê Coutinho, explica que as previsões climáticas indicam o predomínio de chuvas abaixo da média climatológica em grande parte do país.

Regiões afetadas pelas previsões

A região Norte é uma exceção, com previsão de chuvas acima da média. No Nordeste, o total de chuvas entre janeiro e março deverá ser menor. Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, as chuvas devem ficar entre o normal e abaixo da média. “Mesmo com a previsão de chuvas abaixo da média, no noroeste do Nordeste podem ocorrer chuvas mais volumosas em alguns períodos”, pondera Maytê Coutinho.

Na região Sul, onde os volumes de chuvas são naturalmente menores nesta época do ano, as chuvas devem permanecer na faixa normal ou abaixo do normal. No Rio Grande do Sul, a previsão é de chuvas no extremo sul do estado inferiores a 400 milímetros.

Condições oceânicas e zona de convergência intertropical

As águas mais quentes no Atlântico Tropical Norte e mais frias no Atlântico Tropical Sul formam condições para a manutenção da Zona de Convergência Intertropical atuando ao norte da sua posição média climatológica. Essas condições podem impactar atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia por meio de hidrelétricas e a reposição hídrica para manutenção dos reservatórios de abastecimento de água em níveis satisfatórios.

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