Irma: Aeroporto de Miami ficará fechado até que danos sejam avaliados

O Aeroporto Internacional de Miami (MIA), fechado para os voos comerciais desde sexta-feira (8), anunciou hoje (11) que a decisão de retomar sua atividade acontecerá assim que os danos causados pelo furacão Irma sejam avaliados. A informação é da Agência EFE.

Em um aviso publicado no Twitter, as autoridades do aeroporto explicaram que não estão previstos para hoje voos comerciais e que só “algumas companhias aéreas” vão transportar por via aérea pessoal e tripulações com o fim de se preparar para o reatamento do tráfego aéreo.

Na mesma rede social, Emilio T. González, diretor e chefe executivo do Departamento de Aviação do condado de Miami-Dade, disse que a água causou danos “importantes” às instalações do aeroporto, sem dar mais detalhes.

De acordo com a página web do Escritório de Gestão de Desastres da Flórida, que publica uma lista atualizada de aeroportos que permanecem fechados por causa do Irma, os mais importantes, como o MIA, o de Fort Lauderdale-Hollywood e o de Orlando, estão totalmente fechados ou sem atividades comerciais.

Alguns deste só estão abertos para operações de emergência.

Aeroporto em Havana

O aeroporto internacional José Martí de Havana não operará até o meio-dia de terça-feira (12) após a passagem do furacão Irma, que durante dois dias castigou as costas do Norte de Cuba provocando muitos danos materiais antes de se dirigir para a Flórida (EUA), no domingo (10).

O consulado geral da Espanha em Havana confirmou através da sua conta no Twitter que as autoridades cubanas manterão o aeroporto fechado até o meio-dia de terça-feira.

Até o momento não foram reportados problemas no aeroporto da capital, mas o Instituto Meteorológico e a Defesa Civil cubana alertaram que os efeitos do furacão ainda poderão ser sentidos no litoral central e ocidental durante o domingo e a madrugada de segunda-feira.

O Irma causou fortes inundações marítimas em Havana que obrigaram a evacuação de centenas de turistas hospedados em hotéis próximos ao litoral, que foram levados para outros estabelecimentos em áreas seguras da cidade.

Dos cayos (ilhotas arenosas) situados em frente ao litoral norte central, por onde o Irma passou muito perto na noite de sexta-feira, também tinham sido evacuados preventivamente 36 mil turistas, dos quais 60% eram canadenses que retornaram ao seu país.

Outros 5 mil deles foram levados do balneário de Varadero, na província de Matanzas, onde o furacão chegou no sábado durante a noite e onde, no total, neste domingo mais de 15 mil turistas estrangeiros continuavam, segundo informaram representantes locais do Ministério do Turismo.

No seu último aviso, o Instituto de Meteorologia local reafirmou que nas próximas horas as inundações costeiras nas regiões ocidentais e central vão continuar, incluindo Havana, além de possíveis tempestades em intervalos em grande parte do país, principalmente na região central.

“Há forte maré no litoral norte ocidental de Matanzas até Artemisa, com ondas entre 5 e 8 metros e inundações costeiras que começarão a diminuir a partir do final da madrugada de segunda-feira”, segundo o comunicado.

Os ventos com força de tempestade tropical também começaram a diminuir no Centro e Oeste de Cuba.

Fonte: Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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