Motoristas flagrados sem CNH crescem 30% em Goiás; em dois dias, três morreram em acidentes

A quantidade de condutores flagrados dirigindo sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) cresceu 30% em Goiás, neste ano. Segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran), levantados a pedido do Diário do Estado, entre janeiro e maio de 2021 foram 22.164 casos. No mesmo período de 2022, o número saltou para 29.022. Ao longo de todo o ano passado, 54.069 motoristas foram pegos dirigindo sem CNH.  Nos últimos dois dias, pelo menos três mortes de motoristas sem habilitação foram registradas no estado.

Na manhã da última segunda-feira, 13, na BR-080, um motociclista de 43 anos de idade, que não tinha habilitação, morreu em acidente. Ele havia saído do distrito de Luiz Alvez, sentido a São Miguel do Araguaia. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a cerca de 20 Km do destino final, o homem perdeu o controle da direção da moto. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Já no último domingo, 12, um acidente envolvendo dois condutores sem CNH deixou uma pessoa morta e outra ferida, na BR-070, município de Bom Jardim de Goiás, região Oeste do estado. Um trabalhador rural de 40 anos, que estava de moto, faleceu. Colidiu contra ele um carro modelo Fiat Uno, cujo motorista também não tinha habilitação. Depois de receber atendimento médico, o condutor do automóvel foi preso.

Um terceiro caso, também no domingo, resultou na morte de um jovem de 20 anos, que não tinha habilitação para dirigir. A vítima conduzia uma moto na avenida Cândido Portinari, St Gentil Meireles, em Goiânia. Na rotatória próxima ao Cemitério Parque, ele perdeu o controle da direção e bateu contra um poste de energia elétrica.

Dirigir sem CNH ou permissão é uma infração gravíssima prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A multa é de R$ 880,41. O veículo fica retido até a chegada de um motorista habilitado.

 

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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