As famílias do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips ainda devem aguardar mais uma semana até que os corpos sejam liberados. A informação foi dada na tarde deste sábado, 18, pelo diretor do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal (PF), Ricardo Guanaes Cosso.
A identificações aconteceram na sexta-feira, no caso de Dom, e no sábado, de Bruno. Ainda assim, “Há a necessidade de alguns exames ainda nos corpos. Faltam exames genéticos, como DNA, e antropológicos, ou seja, estudar se além dos tiros eles também foram machucados antes”, disse Cosso em entrevista à CNN.
Ainda neste sábado os peritos anunciaram que indigenista e jornalista foram assassinados com disparos de arma de caça. Bruno foi atingido por três tiros, cabeça e região do tórax, e o britânico com um, também no tórax, que causaram hemorragia e, consequente, a morte de ambos. Ainda não se sabe, entretanto, se a mesma arma foi usada contra os dois ou se foram espingardas diferentes.
Os trabalhos de investigação da Polícia Federal também seguem na Amazônia. Os peritos buscam possíveis novos vestígios sobre o crime e a lancha que as vítimas usavam antes de serem mortas. O veículo pode colaborar com informações para a conclusão das investigações. Os laudos devem ser concluídos em até 30 dias.
Até este domingo, 19, três homens foram presos, suspeitos pelo duplo homicídio. O primeiro foi o pescador Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como ‘Pelado’, que confessou participação. Na sequência, foi o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira. O último foi Jefferson Lima da Silva, vulgo ‘Pelado da Dinda’, que se entregou neste sábado, ao saber que era procurado pela Polícia Federal.
Entretanto, o Comitê de Crise da PF já disse que investiga cinco possíveis suspeitos, o que indica que mais duas pessoas estão na mira dos agentes e podem ser presas a qualquer momento.