Preço da cesta básica de Goiânia consome mais de 60% do salário mínimo

Está cada vez mais difícil para o goianiense colocar comida na mesa. Isso porque a cesta básica de Goiânia, considerada a 9º mais mais cara do país, consome 60,18% do salário mínimo que hoje é de R$ 1.212. A cabaz de compras, como também  é conhecida, pode ser encontrada na capital por até R$ 674,63.

Já os preços do produto em São Paulo e Florianópolis, consideradas as capitais com cesta básica mais cara do Brasil, variam entre R$ 777,93 e R$ 772,07. O montante equivale a 69,39% e 68,87% do salário mínimo, respectivamente.

Em contra partida, a cidade de João Pessoa (PB) e Aracaju (SE) possuem as cestas mais baratas que custam em média R$ 567,67 e R$ 548,38. Os dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), são referentes ao mês de maio de 2022.

Ainda de acordo com o departamento, Goiânia também foi terceira cidade brasileira que mais registrou variação mensal no preço da cesta básica este ano (12,96%), ficando atrás apenas de Aracaju (14,71 %) e Curitiba (13,56%).

Aumento

Para o economista, Luiz Carlos Ongaratto, existem alguns pontos que fazem com que a cesta básica na capital goiana seja mais cara que as demais cidades como a logística e transporte, visto que o estado está no centro do país. Além disso, ele fala que a expansão urbana da cidade e o seu movimento econômico também impactam diretamente no preço do produto, que também foi atingido pelo conflito entre Rússia e Ucrânia.

“Tem muitos alimentos que são produzidos fora do estado e precisam ser transportados. Há também a questão dos imóveis e aluguel que estão cada vez mais caros. Essa atividade econômica vai tornando o custo de vida mais caro, já que a cidade começa a receber investimentos de outras regiões. Tudo isso faz com que a cesta aumente”, explicou.

Ainda segundo Ongaratto, outro fator que impacta é elevação dos custos no Brasil, seja de produção, distribuição e a escassez de alguns produtos no mercado devido ao final ou quebras de safra. Há também os produtos que dependem do mercado internacional para determinar seu preço, como o pão (trigo) e o óleo de cozinha. Ele também dá dicas de como economizar na hora de fazer a compra. Segundo ele, é necessário que o consumidor faça pesquisas e compras coletivas, não se deixando levar pelo “achismo”.

“Um bom jeito de fugir dos preços altas e cultivando, e fazendo a famosa pesquisa. Quem mora em uma casa que tenha espaço ou um sitio é bom cultivar alguma coisa. O consumidor também precisa ficar atento aos dias de promoção no supermercado para fazer uma boa compra pagando menos”, disse.

Busca por promoção

A empresária Sílvia Sebastiana da Silva, de 48 anos, segue à risca as dicas do economista. Para ela, a melhor forma de fugir do preço da cesta básica e optar por produtos que estejam na promoção. Entretanto, ela diz que mesmo pesquisando, o alto valor do produto pesa no bolso.

Sílvia diz ainda que sentiu o aumento de alguns produtos da cesta básica, como o arroz, açúcar, oleio de soja e o café, além de frutas como a banana e o tomate. Os alimentos, inclusive, foram alguns dos itens da cesta que registram a maior variação nos supermercados de Goiânia, segundo o Procon municipal. O quilo da banana nanica, por exemplo, teve uma variação de 95,27%, seguido pelo quilo do tomate saladete (141,25%) e banana prata (110,82%).

“O arroz que eu comprava de R$ 15, hoje compro de R$ 18 ou R$ 20. Está tudo muito caro, não está fácil para ninguém sobreviver, principalmente para quem ganha um salário mínimo. Onde já se viu óleo a R$ 10 e feijão a R$ 15? Não sei aonde vamos parar ”, exaltou.

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Jovem baleada por PRF na véspera de Natal tem estado de saúde atualizado

Jovem Baleada por PRF na Véspera de Natal: Estado de Saúde Atualizado

O Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes atualizou o estado de saúde de Juliana Leite Rangel, baleada por um PRF na véspera de natal. Em entrevista ao Globonews, o médico Maurício Mansur, responsável pelos cuidados com a vítima, informou que o caso é “extremamente grave” e que ela está “estável”.

“É importante lembrar que se trata de um caso grave e que, neste momento, não é possível falar sobre sequelas ou qualquer outra consequência. Estamos, na verdade, focados em um tratamento para salvar a vida dela.”, disse o médico.

A jovem está em coma induzido no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital, no Rio de Janeiro. Segundo a equipe médica, o tiro pegou de raspão próximo à orelha esquerda, o que causou lesões no crânio da vítima e grande perda de sangue.

O médico também informou que a família de Juliana solicitou a transferência da paciente para um hospital particular, mas o pedido foi negado por ele devido a riscos à saúde dela.

Entenda o caso

De acordo com relatos, a jovem estava em um veículo quando os agentes da Polícia Rodoviária Federal realizaram a abordagem. A vítima estava indo passar a véspera de natal com a família em Niterói e estava acompanha da mãe, do pai e do irmão mais novo. Além dela, o pai também foi baleado de raspão no dedo.

“Olhei pelo retrovisor, vi o carro da polícia e até dei seta para eles passarem, mas eles não ultrapassaram. Aí começaram a atirar, e falei para os meus filhos deitarem no assoalho do carro. Eu também me abaixei, sem enxergar nada à frente, e fui tentando encostar. O primeiro tiro acertou nela. Quando paramos, pedi para o meu filho descer do carro, então olhei para Juliana: ela estava desacordada, toda ensanguentada, tinha perdido muito sangue. Eles chegaram atirando como se eu fosse um bandido. Foram mais de 30 tiros”, falou o pai da jovem.

Uma investigação foi aberta pelo Ministério Público Federal e o caso foi condenado pelo superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada, que relatou que os agentes se aproximaram do veículo após ouvirem tiros e deduziram que vinha do veículo, descobrindo depois que havia cometido um grave erro.

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