Em apenas quatro dias, Goiás registra mais de 600 focos de queimadas

Frentes frias

Em menos de uma semana, Goiás registrou mais de 600 focos de queimadas. Os dados são do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). De acordo com a pasta, de sábado, 18, até a terça-feira, 21, os satélites apontaram 322 focos de incêndio pela manhã e 318 à tarde. No entanto, todos foram em áreas menores de 30 metros quadrados.

2021

Gráfico 1 – Regiões com mais focos de queimadas em 2021. (Foto: Divulgação Semad)

2022

Gráfico 2 – Regiões com mais focos de queimadas em 2022. (Foto: Divulgação Semad)

As regiões que mais registraram focos de incêndio foram a Leste e a Norte. Já as cidades mais afetadas foram Cavalcante, Niquelândia e Porangatu.

Cidades mais afetadas pelas queimadas. (Foto: Divulgação Semad)

Ainda segundo a Semad, a maioria das queimadas são provocadas intencionalmente.

“A maioria dos registros são feitos na madrugada, por volta das 4h, 5 horas da manhã, ao meio-dia e no final da tarde. E são causados por, vamos chamar de desavisados, esses desavisados vão lá colocam fogo para eliminar as folhas secas, limpar os lotes, é algo cultural, mas perigoso. Tudo que é grande começa pequeno. Então a pessoa coloca fogo em uma área menor, mas ela pode atingir lavouras, áreas de vegetação e se tornar um grande incêndio”, explicou André Amorim gerente da Semad.

Ainda no mesmo período, em que foram registrados os pequenos focos, os satélites registraram 84 focos de incêndios de grande proporção. Número 33% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.

Mapa das queimadas em Goiás (Foto: Divulgação Semad)

O aumento representa um alerta já que o período mais seco do ano, em que ocorrem mais queimadas, começou a menos de um mês. Além disso, entre janeiro e maio deste ano o estado já havia registrado um número de queimadas 50% maior, se comparado a 2021. Até o momento, foram mais de 2 mil focos.

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Jovem baleada por PRF na véspera de Natal tem estado de saúde atualizado

Jovem Baleada por PRF na Véspera de Natal: Estado de Saúde Atualizado

O Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes atualizou o estado de saúde de Juliana Leite Rangel, baleada por um PRF na véspera de natal. Em entrevista ao Globonews, o médico Maurício Mansur, responsável pelos cuidados com a vítima, informou que o caso é “extremamente grave” e que ela está “estável”.

“É importante lembrar que se trata de um caso grave e que, neste momento, não é possível falar sobre sequelas ou qualquer outra consequência. Estamos, na verdade, focados em um tratamento para salvar a vida dela.”, disse o médico.

A jovem está em coma induzido no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital, no Rio de Janeiro. Segundo a equipe médica, o tiro pegou de raspão próximo à orelha esquerda, o que causou lesões no crânio da vítima e grande perda de sangue.

O médico também informou que a família de Juliana solicitou a transferência da paciente para um hospital particular, mas o pedido foi negado por ele devido a riscos à saúde dela.

Entenda o caso

De acordo com relatos, a jovem estava em um veículo quando os agentes da Polícia Rodoviária Federal realizaram a abordagem. A vítima estava indo passar a véspera de natal com a família em Niterói e estava acompanha da mãe, do pai e do irmão mais novo. Além dela, o pai também foi baleado de raspão no dedo.

“Olhei pelo retrovisor, vi o carro da polícia e até dei seta para eles passarem, mas eles não ultrapassaram. Aí começaram a atirar, e falei para os meus filhos deitarem no assoalho do carro. Eu também me abaixei, sem enxergar nada à frente, e fui tentando encostar. O primeiro tiro acertou nela. Quando paramos, pedi para o meu filho descer do carro, então olhei para Juliana: ela estava desacordada, toda ensanguentada, tinha perdido muito sangue. Eles chegaram atirando como se eu fosse um bandido. Foram mais de 30 tiros”, falou o pai da jovem.

Uma investigação foi aberta pelo Ministério Público Federal e o caso foi condenado pelo superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada, que relatou que os agentes se aproximaram do veículo após ouvirem tiros e deduziram que vinha do veículo, descobrindo depois que havia cometido um grave erro.

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