Julgamento de acusados de matar radialista Valério Luiz é antecipado

O julgamento dos cinco acusados pela morte do radialista Valério Luiz foi antecipado pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJ). A princípio, a sessão estava marcada para o dia 5 de dezembro, agora será no dia 7 de novembro. A decisão ocorreu nesta sexta-feira, 24. A nova data, segundo o juiz Lourival Machado da Costa, foi escolhida para evitar que o júri seja novamente adiado, devido ao jogo da seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo do Catar, que pode ocorrer no mesmo dia em que seria o a sessão, com probabilidade de algumas testemunhas ligadas ao esporte estarem presencialmente na competição.

Anteriormente previsto para o dia 13 de junho, o julgamento foi adiado pela 4º vez porque um dos jurados deixou o isolamento após o primeiro dia de trabalho do Tribunal do Júri.

“Com o propósito de que não seja mais uma vez frustrada a sessão de julgamento do Tribunal do Júri, redesigno a sessão de julgamento dos réus Ademá Figueredo Aguiar Filho (ex-sargento da Polícia Militar e suposto atirador), Djalma Gomes da Silva (articulador), Urbano de Carvalho Malta (articulador), Maurício Borges Sampaio (mandante) e Marcus Vinícius Pereira Xavier (articulador) para a data de 07.11.22, às 08:30 horas, a ser realizada no auditório do Plenário do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás”, diz trecho da decisão.

A história do assassinato

Valério Luiz foi morto no dia 5 de julho de 2012, na porta da Rádio 820 AM, atual Rádio Bandeirantes, onde a vítima trabalhava como comentarista esportivo. Segundo denúncia feita pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), o assassinato foi motivado pelos constantes comentários críticos de Valério Luiz à diretoria do Atlético Clube Goianiense, no qual, Maurício Sampaio era vice-presidente na época.

Réus no caso do homicídio do radialista esportivo Valério Luiz. (Foto: Reprodução/G1)

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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