Menos da metade dos bebês e crianças goianos estão com o esquema vacinal completo para a faixa etária. A preocupação é com o risco à saúde individual e pública com a chance de retorno de doenças erradicadas, como sarampo e difteria. Os dados alarmantes são da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO).
A pasta revela que sete das nove vacinas para os pequenos de até dois anos de idade tiveram abaixo de 50% de cobertura nesse público até o dia 20 de junho deste ano. São elas: BCG, Rotavírus, Meninge C, Pentavalente, Pneumocócica 10, Poliomelite, Febre Amarela, Hepatite A e Tríplice Viral.
As menores adesões têm sido aos imunizantes contra febre amarela, transmitida por mosquito, hepatite A e poliomelite, causadora da paralisia infantil. Na campanha de vacinação mais recente encerrada neste sábado (25) contra gripe e sarampo a procura também ficou muito abaixo da estimativa preconizada sendo de 45% e 38%, respectivamente.
A tendência registrada desde 2016 piorou no ano passado devido à pandemia. Números parciais do DataSus já apontam que a meta de vacinação infantil não deverá ser alcançada. Enquanto o porcentagem ideal de crianças imunizadas é entre 90% e 95%, a de BCG, contra tuberculose, está em pouco mais de 53%, por exemplo. Em Goiás, começam a reaparecer casos de sarampo e difteria, cujo último registro havia ocorrido em 1988.
O valor investido pelo governo federal na publicidade da vacinação sofreu um corte de 66%, passando de R$ 97 milhões para R$ 33 milhões, segundo dados do Ministério da Saúde referentes ao período entre 2017 e 2021.