Cabelo, planta e itens para festa: veja furtos inusitados dentro e fora de Goiás

A mente humana é um mistério até mesmo para especialistas. Entender como e por que alguém realiza furtos de objetos aparentemente de baixo ou nenhum valor pode ser um desafio, principalmente se o autor não tiver doenças psiquiátricas.

Os crimes inusitados vão desde frango assado, passando por plantas e até cabelo, incluindo dízimo dentro da igreja, ponte de aço, túmulo de famosos e areia de praia do Brasil e mundo afora. Em Goiás, a lista de ‘aberrações’ registradas em é enorme. A delegada Renata Vieira está na função há anos, mas ainda assim se surpreende. 

“O caso mais engraçado e inusitado foi o furto de um carregador de tornozeleira eletrônica, porque o tornozelado chegou desesperado com medo de decretarem sua prisão, caso a tornozeleira descarregasse. Delegacia tem história todo dia”, relembra sorrindo da situação curiosa.

No mês de junho, duas primas foram encontradas pela Polícia Militar (PM) com um verdadeiro kit festa em Goiânia. Elas foram localizadas na parte de fora de um supermercado com 57 pacotes de carne, 19 unidades de cerveja, quatro pacotes de ovos, além de outros itens. As mulheres confessaram que furtaram os produtos para uma festa no fim de semana.

A cidade de Anápolis já registrou a ocorrência de uma mulher com feijão tropeiro, carne assada, três garrafas de vodka e uma de gin dentro de uma mochila. A ideia também era preparar uma festinha. Todos os itens, no valor de R$ 179,95, haviam sido furtados de um mercado da cidade. Ela foi presa em flagrante e levava ao Distrito Policial mais próximo.

Os cabelos virgens, aqueles sem produtos químicos, também se tornaram alvo de criminosos anos atrás na Capital. Uma dessas ações chegou a ser registrada em delegacia por uma mulher de 24 anos, que teve as madeixas cortadas por um estilete dentro de um terminal de ônibus. À época, o delegado afirmou que nunca havia se deparado com esse tipo de crime em 20 anos de carreira e considerou como motivação o alto valor do quilo desse tipo de cabelo. 

Durante a pandemia, a febre de decoração e de cuidar do verde como um passatempo fez aumentar as estatísticas da segurança pública. Vasos e plantas começaram a ser furtados à luz do dia por pessoas de todos os tipos. A investida virou ocorrência policial, tendo homem, idosa e até casal como autores. 

Mas, e por quê?

A justificativa de quem é pego varia bastante. Segundo Renata, a maioria nega e os que assumem costumam ser usuários de droga ou estar interessados em revender os objetos. “Já tive respostas inusitadas como “mulher é cara demais e só gosta de homem com dinheiro”, diz.

Para uma minoria dessas pessoas, flagradas ou não, o problema pode ser literalmente mental. A psicóloga Carolina Ribeiro explica que o furto pode ser considerado uma doença. É a cleptomania, entendida como compulsão caracterizada por uma ação repetida e incontrolável

“Essas pessoas costumam furtar coisas com baixo preço porque a questão não é o valor ‘comercial’”, diz. De acordo com a profissional, estimativas apontam que de 0,6% a 0,8% da população seja afetada pelo transtorno, sendo a maioria de maioria mulheres. O indicado para essas pessoas é um tratamento psicológico e psiquiátrico.

Exceções

A delegada explica que a lei prevê punição do furto variando de um a quatro anos. Apesar disso, ela pondera que o próprio direito penal traz duas excepcionalidades. Uma delas é o chamado Princípio da Insignificância aplicado quando a pessoa não responde pelo crime porque o objeto é considerado insignificante, a exemplo de um chinelo usado. 

Outra situação ocorre quando o juiz reconhece o furto cometido sobre algo de pequeno valor. “Aqui há o reconhecimento do furto privilegiado e pode ser aplicada a diminuição de pena de um a dois terços da pena, substituição da pena de reclusão por detenção ou aplicar somente multa”, explica Vieira. O registro policial pode ser feito independentemente do valor do objeto furtado.

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Natal do Bem 2024 recebe um milhão de visitantes em 34 dias

O Natal do Bem 2024 atingiu um marco histórico ao alcançar o número de um milhão de visitantes em apenas 34 dias de evento, consagrando-se como o maior evento natalino gratuito do Brasil e o mais grandioso já realizado no estado. Realizado pelo Governo de Goiás, por meio do Goiás Social e da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), no Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON), em Goiânia, o Natal do Bem transformou o estado em referência nacional.

Com 53 dias de atrações que encantaram goianos e turistas de todas as regiões, o evento contou com momentos marcantes. A presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado, comemorou o sucesso do evento. “Este é o Natal do povo goiano, pensado para emocionar e unir famílias. Atingir essa marca histórica é uma prova de que estamos entregando momentos inesquecíveis a todos que passam por aqui. E ainda não acabou, ainda temos mais de duas semanas de muita celebração até o dia 5 de janeiro”, celebrou.

Participações especiais

A edição deste ano contou com a presença da influenciadora digital Virgínia Fonseca e do cantor Zé Felipe, que levaram um grupo de quase 200 crianças atendidas por uma entidade social goiana para conhecer a decoração natalina. Destaque na programação musical, o cantor Daniel foi responsável por uma apresentação inesquecível no Palácio da Música. “Agradeço, com muito carinho, ter sido lembrado e convidado para estar aqui, de perto, presenciando o maior Natal gratuito do Brasil, disse o cantor.

Além disso, mais de 300 espetáculos culturais com artistas goianos reforçam o compromisso do Natal do Bem em valorizar a cultura local e oferecer atrações para todos os gostos. “O Natal do Bem tem sido uma vitrine para mim e para muitos outros artistas daqui”, afirmou a atriz goiana Janaína Fidelis. O evento dispõe de 30 mil metros quadrados e mais de 2,7 milhões de luzes iluminando o espaço, com atrações únicas como a Vila do Papai Noel, a Vila Gastronômica, a Vila dos Doces, a Vila de Brinquedos e a Vila Gelada, com neve artificial, além da icônica árvore de 40 metros.

Infraestrutura e acesso

Para garantir o acesso de todos, o evento oferece 12 mil vagas de estacionamento gratuito e linhas exclusivas de ônibus. Isso permitiu que os visitantes vivenciassem essa experiência mágica sem preocupações. “É como estar dentro de um sonho. Um evento grandioso, organizado e cheio de magia, explicou Rosângela Costa, moradora de Inhumas. Já Flávia Lima, que veio de Brasília com a família, declarou: “Fizemos essa viagem especialmente para o Natal do Bem, e foi incrível. Uma experiência que vamos guardar para sempre. Para nós, é como se fosse a Disney em Goiás”.

O Natal do Bem segue até 5 de janeiro de 2025, reafirmando seu compromisso de celebrar a magia natalina e transformar Goiás em referência nacional. “É emocionante ver a alegria das pessoas. Este evento é mais do que uma festa, é uma oportunidade de unir e espalhar esperança”, finalizou Gracinha Caiado.

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