Sistema Produtor Mauro Borges é inaugurado

O maior complexo de abastecimento de água da Região Centro-Oeste foi inaugurado hoje pelo Governo de Goiás. Trata-se do Sistema Produtor Mauro Borges, projetado para garantir o fornecimento de água tratada para a população da capital e Região Metropolitana até o ano de 2040 e projetado para atender aproximadamente três milhões de pessoas.

O Sistema Produtor Mauro Borges, está localizado na Estação de Tratamento de Água Governador Mauro Borges, situada no Jardim Guanabara, na região Norte da Capital.

Parte em funcionamento

Uma Estação de Tratamento de Água (ETA) que integra o complexo do Sistema Produtor Mauro Borges, entrou em funcionamento no dia último dia 9, com a finalidade de complementar a produção de água tratada para Goiânia e região metropolitana. Quarenta e um bairros, que antes eram atendidos pelo Sistema Meia Ponte, hoje já recebem um aporte na oferta de água que corresponde a 1000 litros por segundo, advindos da nova Estação. A ação antecipada, que ocorreu em caráter de emergência, teve como objetivo minimizar os problemas decorrentes do déficit no abastecimento, causados pela escassez de chuvas em Goiás.

Neste primeiro momento, a água captada na barragem do Reservatório do Ribeirão João Leite – que armazena até 130 bilhões de litros de água numa área de 1040 hectares- é tratada e distribuída, chegando diretamente às torneiras de cerca de 600 mil pessoas em Goiânia.

São atendidos, imediatamente, setores como Jardim Guanabara, Negrão de Lima, e o condomínio horizontal Aldeia do Vale. Uma segunda interligação deverá ocorrer até o final do mês de setembro, atendendo outros 70 bairros da Capital. Com isso, a tendência é que a água disponível no Meia Ponte seja suficiente para atender até mesmo as regiões mais distantes. “É fruto de um planejamento estratégico. Garante segurança hídrica para a população da Região Metropolitana de Goiânia”, afirmou o governador Marconi Perillo.

De acordo com o governador, as outras regiões do Estado não sofrerão com falta d’água. “O secretário Vilmar Rocha e a equipe da Secima estão tomando medidas duras para coibir o desvio de águas. No Entorno de Brasília, estamos com as obras adiantas para a entrega do Sistema Corumbá IV, que vai resolver não apenas o problema de água do Entorno, mas também do Distrito Federal”, disse Perillo.

Desafio
O Sistema Mauro Borges inicia as atividades com a vazão de quatro mil litros por segundo. O desafio é estender esses quatro mil litros por segundo para a Grande Goiânia. Aos poucos, o Rio Meia Ponte, que abastece mais da metade d a capital, com 2,3 mil litros por segundo, – será destinado também ao abastecimento das cidades de Trindade e Goianira, com o remanejamento de uma vazão excedente de 680 l/s. Parte dos municípios já é abastecida hoje por esse manancial.

O Sistema Mauro Borges até 2040, deverá ter dobrada sua vazão atual, alcançando a marca de oito mil litros de água por segundo, para atender a três milhões de pessoas na Região Metropolitana de Goiânia, (projeção do número de habitantes da capital neste período).

O governo estadual, em parceria com o federal e organismos financeiros internacionais, investiu, cerca de um bilhão de reais na obra, que fora realizada em duas etapas. A primeira, iniciada em 2002, foi a construção da Barragem do Ribeirão João Leite (afluente do Rio Meia Ponte e manancial de abastecimento). A segunda etapa, também já em funcionamento desde dezembro de 2016, compreende a Estação Elevatória de Água Bruta, a Estação de Tratamento de Água e milhares de metros de adutoras e redes de distribuição.

Meta para 2018
Para o presidente da Saneago, Jalles Fontoura, ainda há muito trabalho pela frente. “É um programa ambicioso, ousado, em que a Saneago vai investir nos 246 municípios goianos. Os principais investimentos são: o Linhão Gyn Apa, no valor de R$ 178 milhões, que vai levar a água tratada na ETA Mauro Borges, em Goiânia, para Aparecida de Goiânia; a ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Hélio de Brito, em Goiânia, no valor de 80 milhões; os R$ 118 milhões para Anápolis; mais de R$ 100 milhões para os sistemas de Corumbá e Águas Lindas, no Entorno de Brasília. Além de alguns investimentos menores, em mais de 100 municípios, que darão funcionalidade aos sistemas, cujos investimentos já foram iniciados. A meta é completar 80% de cobertura de esgoto até 2018 e atingir os 100% de água também, nesse período”, ressalta Jalles Fontoura.

 

Fonte: Goiás Agora

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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