Em Goiânia, jovem mata namorada que ameaçou 'jogar feitiço' nele

Cidades

Em Goiânia, jovem mata namorada que ameaçou ‘jogar feitiço’ nele

03/07/2022
10:00

Um jovem de 24 anos foi preso neste sábado, 2, suspeito de matar a namorada a facadas após uma discussão, em Goiânia. Segundo a Polícia Militar (PM), crime foi descoberto depois que o suspeito comentou com o tio o que havia ocorrido.

‘Jogar um feitiço’

De acordo com o registro policial, o jovem explicou que estava consumindo maconha junto com a namorada quando iniciaram uma discussão devido a ciúmes de uma ex-namorada dele.

A vítima, então, ameaçou ”jogar um feitiço nele”. Foi nesse momento em que o suspeito pegou a faca e golpeou a namorada no rosto e no tórax.

Logo após cometer o crime, ele ligou ao tio e contou o que havia acontecido. Suspeito permaneceu em casa e foi preso em flagrante a poucos metros de casa.

Segundo a polícia, eles estavam juntos há cerca de um mês e teriam iniciado o relacionamento após se conhecerem em um aplicativo de relacionamento.

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Nathalia Oliveira

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A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.

O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.

O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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Maria Cabral

Maria Cabral é jornalista do DE

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